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Hospital de Clínicas

Mulher morre após cirurgia de lipoaspiração em SP

Vítima fez cirurgia no setor de convênios do Hospital das Clínicas. Ela passou mal dias depois e morreu num hospital na Zona Leste

Uma mulher morreu após fazer uma cirurgia plástica na capital paulista. A dona-de-casa Adriane Mabi Iafrate se operou no dia 2 de março na área que atende pacientes com planos de saúde no Hospital das Clínicas (HC). Segundo o hospital, ela recebeu alta no dia seguinte e estava bem.

Dias depois, a paciente passou mal e chegou a um hospital na Zona Leste da capital se queixando de falta de ar. Ela morreu na noite de segunda-feira (9), neste hospital, segundo a assessoria de imprensa do HC.

Ainda de acordo com o HC, na quarta-feira (4) a paciente telefonou ao médico que fez a cirurgia reclamando de dores e foi orientada a tomar os analgésicos prescritos e a voltar para o hospital onde se operou, mas ela não compareceu ao local.

O corpo da paciente está no Serviço de Verificação de Óbito, na Faculdade de Medicina da USP, e será encaminhado na tarde desta terça-feira (10) para o Instituto Médico-Legal, na Zona Leste, para que seja analisada a causa da morte.

Família era contra

O padrasto de Adriane, o mecânico de manutenção Antonio Cemenzin, de 66 anos, disse que ela fez lipoaspiração no abdome e plástica nos seios e no bumbum. Segundo ele, ela deixou o Hospital das Clínicas na terça-feira (3) passando bem e começou a se sentir mal na noite da quarta-feira (4). "Ela foi para o hospital [na Zona Leste] e quando chegou lá os médicos levaram logo para a UTI", afirmou.

Cemenzin diz que Adriane começou a ficar com o corpo inchado e os órgãos foram parando de funcionar. Desde que ela entrou no hospital, ficou sedada e os parentes não conseguiram mais falar com a dona-de-casa, segundo conta o padrasto. A família diz que os médicos afirmaram que a paciente teve infecção, mas a causa da morte ainda não está confirmada.

Os parentes eram contra a cirurgia, mas ela insistiu em fazer o procedimento. "Ela não precisava, era bonita, tinha um corpo legal. Todo mundo da família foi contra, mas era o que ela queria", disse o padrasto. "Depois que ela ganhou bebê ficou dizendo que queria ter um corpo mais bonito", acrescentou. O filho de Adriane, que tem 2 anos, pergunta pela mãe, mas a família ainda não sabe como falará sobre a morte com ele.

De acordo com Cemenzin, Adriane não sofria de problemas de saúde grave, mas tinha bronquite. A família ainda não sabe quando será feito o enterro, pois depende da liberação do corpo pelo IML.

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