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Uma multidão se reúne na noite desta quarta-feira (12) na porta da delegacia de Teresópolis, na Região Metropolitana do Rio, para identificar corpos de familiares que morreram em decorrência da tragédia das chuvas que atingiu a cidade.

De acordo com a prefeitura, inicialmente os corpos foram encaminhados ao Instituto Médico Legal (IML), que fica localizado na própria delegacia. No entanto, com a lotação do lugar, as vítimas fatais precisaram ser levadas para a igreja de Teresópolis.

Na delegacia, os policiais militares chamam pelo alto-falante o nome das vítimas que foram identificadas. Assim, os parentes podem fazer o reconhecimento dos corpos.

Somente entre terça-feira (11) e esta quarta-feira (12), em Teresópolis, a cidade mais atingida pelas chuvas na Região Serrana no Rio, morreram 130 pessoas no que o governo do estado chegou a descrever como a maior tragédia da história da cidade. Em Nova Friburgo, morreram 107 pessoas, de acordo com o vice-governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão. Em Petrópolis, os mortos são vinte, entre eles dois no distrito de Itaipava.

Trabalho de resgate

Oitocentos homens da Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros tentam localizar desaparecidos em Teresópolis. O secretário do Ambiente do estado do Rio de Janeiro, Carlos Minc, classificou a chuva como a "maior catástrofe da história de Teresópolis". "Não foi possível escolher o que ia cair. Casa de rico, casa de pobre. Tudo foi destruído", disse a empregada doméstica de 27 anos, Fernanda Carvalho.

Em Nova Friburgo, a maior parte das vítimas morava no bairro de Conselheiro Paulino. A chuva forte deixou a cidade sem sinal de telefonia, sem luz e sem transporte nesta quarta (12). À tarde, moradores perambulavam pela cidade cheia de lama sem saber o que fazer. O ginásio de uma escola estadual é usado como necrotério.

Na vizinha Petrópolis, o número de vítimas chega a dezoito pessoas, entre elas um casal de idosos. No distrito de Itaipava, a água atingiu dois metros e meio de altura em alguns pontos da região. Uma escola no distrito abriga 30 famílias desalojadas.

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