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Todos os dias uma legião de ín­­dios caingangues e guaranis deixa suas aldeias e percorre as ci­­dades paranaenses para vender suas cestarias. A esperança é au­­mentar a renda familiar, já que ao redor da aldeia sobram artesãos e faltam compradores. Quan­­do es­­tão distantes das aldeias, eles não contam com abrigos nem recursos. Rodoviá­­rias, marquises e terrenos baldios acolhem os viajantes.

Três famílias estão morando num terreno baldio em Ponta Grossa. Uma abertura no muro possibilita o entra e sai dos indígenas, que passam o dia perambulando pela cidade para vender os cestos, que variam entre R$ 5 e R$ 20.

A rodoferroviária de Curitiba é outro ponto certo de acolhida dos indígenas. Na cidade, não há abrigo oficial. Em Ponta Grossa, os índios em trânsito ocupavam a estação rodoviária até ela ser reformada em 2007. Eles saíram do local com a promessa de que seria construído um abrigo. O projeto, porém, não foi adiante. De acordo com o responsável pelo setor administrativo da Funai de Guarapuava, Wilians Silva, onde também não há abrigo indígena, há recursos federais para a construção dessas unidades, porém, o mais difícil é manter a estrutura. A Funai de Brasília foi procurada para informar sobre o reflexo do processo de reestruturação do órgão sobre o atendimento aos índios de passagem, mas não retornou as ligações.

A Associação Indigenista de Maringá é a única do Paraná que assiste os índios de passagem. O projeto surgiu há 10 anos, quando a fundadora Darcy Dias de Souza encontrou um grupo de índios nas ruas de Maringá. Ela incitou um grupo de lideranças a construir um abrigo. Hoje há cinco casas, um espaço para artesanato e um centro infantil.

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