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Justiça

Neta de Lampião processa biógrafo

No livro, o juiz Pedro Morais sustenta que Lampião era gay | Divulgação
No livro, o juiz Pedro Morais sustenta que Lampião era gay (Foto: Divulgação)

A família do cangaceiro mais famoso do Nordeste, Vir­gulino Ferreira, o Lampião, entrou com dois processos na Justiça contra o juiz aposentado Pedro de Morais, autor do livro censurado Lampião, o Mata Sete, em que sustenta que o Rei do Cangaço era gay. A neta de Lampião, Vera Ferreira, quer uma indenização de R$ 2 milhões nas duas ações: uma por danos morais e outra por Pedro ter vendido os livros na 2.ª Bienal de Salvador, que ocorreu em 6 de novembro de 2011. A decisão da Justiça proibindo o lançamento e a comercialização da obra só aconteceu no dia 25 de novembro do ano passado.

O autor do livro se diz entre perplexo e tranquilo com a ação movida pelos advogados de Vera. Ele informou que tem toda a documentação da venda dos exemplares nas livrarias baianas e que irá apresentar a defesa na próxima segunda-feira, na 13.ª Vara Cível Ara­caju (SE). A perplexidade é porque a venda e o lançamento do livro continuam suspensos e o processo nem sequer foi julgado pelos desembargadores. "Não foi nem transitado em julgado e recebi mais essa ação."

Censura

A polêmica começou com as revelações contidas em Lampião, o Mata Sete, de que o cangaceiro teria sido homossexual, Maria Bonita era adúltera e Expedita não era filha do homem mais temido do sertão. Em novembro passado, o advogado de Vera, Wilson Winnie, havia declarado que a publicação fere a honra da família de Lampião e que a ação na Justiça pretende impedir a circulação do livro de forma definitiva.

O juiz da 7.ª Vara Cível de Aracaju, Aldo Albuquerque, expediu liminar proibindo o lançamento e a venda do livro, e tempos depois manteve a decisão. O processo está agora com os desembargadores do Tribunal de Justiça de Sergipe, que ainda não se decidiram sobre o processo. Morais diz que jogará os pouco mais de 1 mil exemplares que tem guardado em casa nas águas do Rio Sergipe, em Aracaju, caso a Justiça mantenha a decisão de Albuquerque.

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