No 2.º dia de greve, professores de Curitiba se reúnem com vereadores

Professores da rede municipal de ensino estão reunidos em um protesto em frente à Câmara Municipal de Curitiba na manhã desta terça-feira (12). Ao meio dia, está marcada uma reunião com os vereadores para discutir as emendas apresentadas pela categoria nesta segunda-feira (11) ao Projeto de Lei que estabelece o Plano de Carreira.

A categoria chega ao segundo dia de greve, por enquanto sem acordo com a Prefeitura de Curitiba. "Nós acreditamos que a greve continue com 60% das escolas municipais paradas", afirma o diretor do Sindicato dos Servidores do Magistério Municipal de Curitiba (Sismmac), Wagner Argenton. "O comando de greve está rodando a cidade e visitando mais escolas, para aumentar a adesão", diz. A reivindicação é a aplicação imediata do Plano de Carreira da categoria.

De acordo com a Prefeitura de Curitiba, dos 5 mil professores que deveriam estar trabalhando no turno da manhã, apenas 36% não compareceram ao trabalho por causa da greve.. Além disso, 72% das escolas está prestando atendimento aos alunos, seja total ou parcial.

Na tarde desta segunda-feira (11) os professores foram recebidos pela Prefeitura de Curitiba. De acordo com Argenton, a negociação não foi positiva e a categoria optou por manter a paralisação. "A Prefeitura foi taxativa e encerrou a negociação. Eles se dizem abertos ao diálogo, mas a palavra certa é negociar", afirmou o diretor. "Nós não queremos só conversar, queremos negociar", finaliza Argenton.

Após a reunião com os vereadores, os trabalhadores devem realizar uma assembleia para decidir se mantêm a paralisação ou voltam ao trabalho.

Prefeitura

De acordo com a Prefeitura de Curitiba, o Plano de Carreira não pode ser implantado de uma vez só, pois levaria a um desequilíbrio fiscal da cidade. Porém, com quatro etapas de enquadramento, em até 24 meses todo o Plano estará implantado, totalmente dentro da atual Administração. Segundo o executivo municipal, o impacto financeiro do plano é de R$ 78 milhões para beneficiar 12 mil servidores do magistério. Com os novos movimentos de ascensão na carreira, durante a implantação, o valor total chegará a R$ 90 milhões.