São Paulo A primeira pesquisa de intenção de voto para a Presidência realizada pelo Datafolha após o início da exibição do horário eleitoral gratuito, no último dia 15, mostra os primeiros efeitos da propaganda na tevê. O presidente, e candidato à reeleição, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), oscilou de 47% das intenções de voto na pesquisa realizada nos dias 7 e 8 de agosto, para 49% no levantamento realizado segunda-feira e ontem. Se a eleição fosse realizada hoje, Lula seria eleito no primeiro turno, com 56% dos votos válidos, isto é, excluídos os votos nulos, em branco, e os eleitores que se declaram indecisos.
A pesquisa também mostra que o governo do petista atinge aprovação recorde: Lula obtém a maior taxa de aprovação a um presidente desde que o Datafolha começou a fazer pesquisas nacionais de avaliação do governo federal, em 1990, durante o governo de Fernando Collor de Mello.
O segundo colocado na disputa, Geraldo Alckmin (PSDB), também oscilou positivamente, de 24% para 25% das preferências. Já Heloísa Helena (PSol) viu sua curva ascendente ser interrompida, e oscilou para baixo, de 12% para 11% .
Nanicos
Cristovam Buarque (PDT), mais uma vez, obtém 1% das intenções de voto. José Maria Eymael (PSDC), Luciano Bivar (PSL) e Rui Costa Pimenta (PCO) não atingem 1% das menções, como já ocorria no levantamento anterior.
Avaliação do governo
Quanto à avaliação do governo federal, a taxa dos que consideram o desempenho do petista ótimo ou bom, que já havia crescido sete pontos porcentuais entre julho e o início de agosto, tendo passado de 38% para 45%, voltou a subir, e é hoje de 52%. A taxa dos que classificam o governo Lula como regular caiu de 36% para 31% e a dos que acham que ele vem sendo ruim ou péssimo passou de 18% para 16%.
O antecessor de Lula, Fernando Henrique Cardoso (1995 2002), atingiu sua melhor marca em dezembro de 1996, quando estava prestes a completar dois anos de governo, e era aprovado por 47%. Itamar Franco (1992 1994) obteve 41% ao deixar o governo, em dezembro de 1994. A melhor marca de Fernando Collor de Mello (19901992) foi registrada após três meses de governo, em junho de 1990, quando 36% aprovavam seu desempenho à frente do governo.
A nota média atribuída ao presidente, em uma escala de 0 a 10, é 6,7. Na pesquisa anterior ela era 6,3. Cerca de um quinto (19%) atribui nota 10 ao presidente. Porcentual idêntico acha que ele merece nota 8.
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