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Pelo menos dez corpos teriam chegado ao IML de Londrina entre a noite de sexta-feira (29) e a madrugada deste sábado (30), entre eles o corpo do policial militar Cristiano Luiz Bottino, assassinado em um condomínio. | Reprodução/RPCTV
Pelo menos dez corpos teriam chegado ao IML de Londrina entre a noite de sexta-feira (29) e a madrugada deste sábado (30), entre eles o corpo do policial militar Cristiano Luiz Bottino, assassinado em um condomínio.| Foto: Reprodução/RPCTV

Desde o início deste mês de janeiro, cinco policiais militares foram mortos no Paraná fora do horário de serviço. No mesmo período, seriam oito atentados, em que membros da corporação saíram feridos após tentativas de assaltos e/ou agressões. O último ataque a um PM ocorreu na noite desta sexta-feira (29), em Londrina.

O policial Cristiano Luiz Bottino, de 33 anos, foi baleado na noite de sexta-feira (29), no Conjunto Milton Gavetti, em frente ao Lago Norte, na zona norte da cidade. Testemunhas apontam que o crime foi cometido por dois homens que estavam em uma motocicleta. Ele chegou a ser levado para um hospital, mas não resistiu aos ferimentos. Seu corpo está sendo velado na sede do 5.º Batalhão de Polícia Militar.

Dois PMs são presos em investigação sobre morte de um terceiro. Série de ataques pode ter envolvimento de policiais

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Após a morte do policial, uma série de ataques foi registrada em todas as regiões de Londrina, além das cidades de Cambé, Ibiporã e Arapongas. Entre a noite de sexta-feira (29) e a madrugada deste sábado (30), o Instituto Médico Legal (IML) recebeu pelo menos 10 corpos atingidos por disparos de arma de fogo, incluindo o do policial militar. O comandante-geral da PM, Coronel Maurício Tortato, está em Londrina e deve dar mais informações agora à tarde.

Mortes

Além do caso deste fim de semana em Londrina, as outras quatro mortes de policiais militares registradas desde o início de 2016 ocorreram na região de Curitiba. No último dia 18 de janeiro, o soldado Lisandro Lara de Moraes Júnior, de 29 anos, da tropa de choque do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), da Polícia Militar (PM), morreu após ficar internado desde o começo do mês no Hospital do Trabalhador, em Curitiba. Ele havia sido baleado durante uma tentativa de assalto ao comércio de sua família no bairro Fazendinha.

No dia seguinte, terça-feira (19), os policiais militares Nilson Pinheiro da Veiga e James Wilson Camargo foram assassinados.

Veiga, de 38 anos, trabalhava há oito na polícia e foi executado no Sítio Cercado, em Curitiba. Um suspeito de sua morte foi detido na sexta-feira (23). Segundo informações repassadas por policiais à reportagem, ele seria um policial militar da reserva. A Secretaria de Estado da Segurança Pública e Administração Penitenciária do Paraná (Sesp), porém, não confirmou nenhuma informação sobre a identidade do detido na ocasião.

O outro caso no mesmo dia foi o do policial militar James Wilson Camargo, de 39 anos, morto em Colombo, na Região Metropolitana de Curitiba, poucos minutos depois do assassinato de Veiga. Apesar da coincidência, a PM e a Polícia Civil descartaram qualquer conexão entre os dois crimes. A morte aconteceu nas proximidades de um posto de combustíveis na BR-116. Um suspeito foi detido na quarta-feira (20). Um suspeito foi preso.

Já no fim de semana passado, o soldado Newton Cesar Bittencourt Júnior, da Polícia Militar de Colombo, na Região Metropolitana de Curitiba, foi baleado na cabeça após reagir a um assalto no bairro Olaria, na madrugada do dia 23. De acordo com informações do 22.° Batalhão da PM, os criminosos levaram o carro do policial, que não estava trabalhando no momento do assalto. Ele tinha 29 anos. O carro de Júnior foi encontrado abandonado, por moradores da região. O policial foi encaminhado ao Hospital Evangélico, passou por diversas cirurgias, mas não resistiu aos ferimentos.

Ainda na quinta-feira (28), dois policiais militares foram presos porque os fatos relatados por eles em relação à morte de Bittencourt podem não ser verdadeiros. A informação foi confirmada na tarde deste sábado (30) pela asssessoria de imprensa da PM. Em nota, foi informado que “nas investigações levadas a efeito pelo Cope, pelo Serviço de Inteligência da PM e pela Corregedoria da PM constatou-se que os fatos relatados pelos policiais militares, que em tese teriam socorrido o Sd Bittencourt, poderiam não ser verdadeiros” e que por esta razão dois PMs foram detidos para “fins de averiguação”.

Ataques

Há ainda outras agressões e atentados à vida de policiais nas últimas semanas. Ainda mesmo em Londrina, na última terça-feira (26), um soldado da 4.ª Companhia Independente da Polícia Militar foi baleado na Avenida Saul Elkind. Ele estava à paisana e de folga. Imagens do momento do atentado, divulgadas pela Associação de Praças do Estado do Paraná (APRA), mostram dois suspeitos chegando ao local atirando e saindo rapidamente do local. O policial militar foi atingido por três tiros, um no braço e outros dois no ombro. Ele passou por cirurgia para retirada do projétil do braço e passa bem.

Na segunda-feira (25), um policial militar foi atingido por quatro tiros em uma emboscada em Pato Bragado, no Oeste do estado. O soldado Anilson Cândido de Moura foi parado pelos suspeitos, que fingiram estar com problemas mecânicos no carro. Depois de ser atacado, ele conseguiu atirar contra os agressores e buscar refúgio em uma vala, de onde trocou tiros com os suspeitos, que fugiram. O policial foi internado em um hospital de Marechal Cândido Rondon, sem correr risco de morrer.

Em Curitiba, o soldado Kleber da Silva Ribeiro, do 13.º Batalhão de Polícia Militar, foi espancado no bairro Fanny, na madrugada do último domingo (24). Os agressores roubaram a pistola do policial, que já foi recuperada.

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