Brasília O senador Delcídio Amaral (PT-MS), que presidiu a CPI dos Correios, entrega na semana que vem, ao Ministério Público, lista com o nome de cerca de 50 assessores parlamentares que estiveram na agência do Banco Rural, em um shopping center de Brasília, onde os recursos do mensalão teriam sido distribuídos para os deputados. Delcídio reuniu-se ontem com o procurador-geral da República, Antônio Fernando de Souza, para combinar o envio do documento ao Ministério Público e a manutenção em sigilo dos nomes da lista até que as investigações sejam concluídas.
"Essa é uma lista que exige ainda investigações. Só tivemos esses nomes no final da CPI e, por isso, é preciso que a lista seja checada. Esses nomes têm de ser mantidos em sigilo até que tudo seja verificado", afirmou ontem Delcídio Amaral, que vai licenciar-se do Senado até outubro para disputar as eleições para o governo de Mato Grosso do Sul. O petista explicou que ainda não entregou o documento ao Ministério Público porque está à espera de uma última avaliação sobre a lista pelo deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), que foi relator da CPI dos Correios.
Nomes
As visitas dos 50 funcionários do Congresso à agência do Banco Rural de Brasília coincidem com vários saques realizados das contas da SMPB, agência de publicidade do empresário Marcos Valério Fernandes de Souza, acusado de repassar o dinheiro do mensalão para os deputados da base aliada. A relação com os nomes dos assessores parlamentares envolve diretamente com o valerioduto deputados que ainda não apareceram nas investigações da CPI dos Correios. Segundo assessores da CPI dos Correios que tiveram acesso ao documento que será enviado ao Ministério Público, a lista traz o nome de parlamentares do PMDB, incluindo um ex-ministro do governo Lula.
O documento da CPI dos Correios que será entregue ao procurador Antônio Fernando mostra uma seqüência de 97 saques, em 2003 e 2004, de contas de empresas de Marcos Valério. Esses saques foram feitos majoritariamente da conta da SMPB no Banco Rural de Brasília e chegam a R$ 7,3 milhões.
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