Confira a situação nos hospitais
Hospital Evangélico Nove pessoas faltaram. Vinte e cinco cirurgias de pequeno porte foram canceladas.
Hospital Cruz Vermelha Vinte e duas pessoas aderiram à greve. A maior parte dos funcionários paralisados trabalham na copa. O atendimento está normal.
Hospital Cajuru 40% dos funcionários aderiram à greve. Onze cirurgias foram canceladas. Destas cinco eram emergenciais.
Hospital Alto Maternidade Alto Maracanã - 40% dos funcionários aderiram à greve. Há setores que estão funcionando sem o mínimo de funcionários exigidos por lei, de acordo com a assessoria. Quatro cirurgias eletivas foram canceladas.
Santa Casa- As UTI´s funcionam com apenas um terço dos colaboradores e há unidades sem funcionários suficientes, segundo assessoria. Foram canceladas 30 cirurgias não emergenciais e pacientes estão sendo remanejados para outras unidades.
Hospital Pequeno Príncipe O ponto mais crítico está concentrado na falta de funcionários na UTI cardiológica. Já 16 crianças internadas. Oito delas, segundo assessoria, estão entubadas. O hospital tem dificuldade de remanejamento de funcionários devido ao alto grau de especialização dos casos.
Hospital Nossa Senhora de Fátima Foi invadido por manifestantes na terça-feira (7). Nesta unidade, o maior problema está nas UTIs neonatais. Funcionários estão dobrando o horário para poder atender os bebês.
Hospital Nossa Senhora das Graças Houve manifestação acalorada e a polícia teve que conter os ânimos. O hospital não registrou prejuízos ao atendimento. Segundo assessoria, 15 funcionários aderiram à greve.
Hospital Santa Cruz - Houve manifestações. Onze pessoas chegaram a se ausentar, mas o atendimento está normal.
Hospital Angelina Caron Atendimento normal.
Hospital Pilar Atendimento normal.
Maternidade Santa Brígida Atendimento normal.
Hospital Erasto Gaertner - Atendimento normal.
Fonte: assessorias de imprensa dos hospitais.
Nove hospitais de Curitiba e região metropolitana estão com o atendimento afetado por causa da greve dos funcionários de hospitais particulares e filantrópicos de Curitiba e região metropolitana, iniciada na terça-feira (7). Em cinco instituições, houve cancelamento de cirurgias eletivas. Os hospitais afetados foram o Evangélico, Cajuru, Santa Casa, Pequeno Príncipe e Alto Maracanã. Dos 13 hospitais e maternidades consultados pela reportagem da Gazeta do Povo, apenas quatro os hospitais Angelina Caron, Erasto Gaertner e Pilar e a Maternidade Santa Brígida mantinham o atendimento normal.
Vinte e cinco cirurgias eletivas que estavam marcadas no Hospital Evangélico para essa quarta-feira (8) foram canceladas. As cirurgias emergenciais serão feitas normalmente. A assessoria de imprensa do Hospital Evangélico informou que os cancelamentos foram feitos por precaução, para que o atendimento à população não seja afetado. Sete funcionários do setor de enfermagem do Evangélico, de cerca de 400 do período da manhã, aderiram à greve no período. O atendimento não foi prejudicado nesta quarta.
Funcionários também estavam em greve nos hospitais Cajuru, Santa Casa de Misericórdia e do Hospital Alto Maternidade Alto Maracanã, em Colombo, nesta quarta-feira. A assessoria de imprensa das instituições informou que a adesão foi de 40% dos funcionários em cada hospital. O atendimento à população foi prejudicado.
Onze cirurgias foram canceladas no Hospital Cajuru de terça para quarta-feira. Seis eram eletivas e cinco emergenciais. Além disso, exames eletivos de endoscopia foram cancelados e o atendimento aos pacientes encaminhados pelo Siate e pelo Samu tinha restrições, segundo a assessoria de imprensa da instituição.
Na Santa Casa de Misericórdia, 30 cirurgias eletivas foram canceladas nesta quarta-feira. Segundo o hospital, pacientes estão sendo remanejados. O atendimento na UTI também foi afetado, pois 33% dos funcionários aderiram à greve.
Em Colombo, quatro cirurgias eletivas foram canceladas no Hospital e Maternidade Alto Maracanã na terça-feira.
O Hospital Pequeno Príncipe teve 20 cirurgias canceladas na terça-feira (7), de 28 marcadas, por causa da greve. As cirurgias canceladas não foram remarcadas. Os procedimentos serão reagendados quando a greve terminar. Os pacientes prejudicados terão prioridade, segundo a assessoria de imprensa do hospital.
Nesta quarta-feira a paralisação dos funcionários não causou cancelamentos, segundo a assessoria de imprensa do hospital. Das 19 marcadas para o período, 17 estavam previstas. Duas foram canceladas por causa da falta de vagas na unidade de terapia intensiva. Segundo a assessoria de imprensa do Pequeno Príncipe, a adesão à greve foi de 30% (no geral) e de 40% no setor de enfermagem.
Os números do sindicato indicavam que a adesão foi de 50% no Pequeno Príncipe e na Santa Casa, e de 20% no Cajuru.
Trânsito
Uma manifestação dos funcionários da saúde da rede privada e filantrópica em greve deixou o trânsito lento na Rua Brigadeiro Franco, nas proximidades do Hospital Pequeno Príncipe, em Curitiba, na manhã desta terça-feira, por volta das 11 horas. A greve da categoria teve início na terça-feira (7).
Segundo o Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde em Curitiba, o trânsito estava bloqueado na Rua Brigadeiro Franco no cruzamento com a Avenida Silva Jardim. A assessoria de imprensa informou que os grevistas bloquearam a rua com faixas sobre as reivindicações do movimento. Quando houver grande acúmulo de veículos, o tráfego será liberado.
A Diretoria de Trânsito de Curitiba (Diretran) informou que os manifestantes estavam na calçada e que não havia bloqueio de pista. O órgão confirmou que os motoristas enfrentavam lentidão na região.
Protestos da categoria ocorreram também no Centro, no Batel e nas Mercês - nas proximidades dos hospitais Santa Casa, Cruz Vermelha e do Hospital Nossa Senhora das Graças - e o trânsito também apresentava lentidão nessas localidades.
Reivindicações
A categoria pede reajuste de 28% nos pisos salariais, reduções de jornada e novas contrações. O sindicato patronal manteve a proposta de 6,5% de reajuste para os funcionários não vinculados a piso salarial, aumento entre 8,5% e 11,2% nos pisos até janeiro de 2012 e de aumentar em 30% o valor do vale-alimentação.
O Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Estado do Paraná (Sindipar) classificou a greve como abusiva e divulgou nota afirmando que os trabalhadores estão descumprindo a legislação e não estariam mantendo os serviços essenciais.
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