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Um novo assentamento vai abrigar pelo menos cem famílias do Movimento de Trabalhadores Rurais sem-Terra (MST) no município de Porto Barreiro, próximo à Laranjeiras do Sul, na Região Central. A notícia foi divulgada ontem, após a chegada de 50 sem-terra ao prédio do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), em Curitiba, onde eles pretendiam permanecer nos próximos 15 dias.

O grupo chegou ontem cedo para pressionar o Incra a desapropriar a área do acampamento de Porto Pinheiro, que fica dentro da Fazenda Manasa S/A, ocupada há cerca de 9 anos. Ela tem 4,4 mil hectares dos quais 1,7 mil estão nas mãos do MST. Mas após três reuniões realizadas no Incra, os sem-terra resolveram voltar para o acampamento.

Segundo o sem-terra Renê Rigon, líder do acampamento e integrante do MST, uma das principais reinvindições do movimento é que o discurso da reforma agrária se torne realidade.

Por outro lado, ele avaliou de forma positiva a viagem a Curitiba. "O superintendente regional Celso Lacerda se comprometeu a resolver a parte burocrática para a desapropriação da área até o fim do ano e a organizar o assentamento a partir do ano que vem", afirmou Rigon.

Já o Incra informou que vai começar o processo de identificação e classificação do imóvel rural para fins de reforma agrária tão logo o seu departamento jurídico analise o parecer da Procuradoria do Estado do Paraná. O documento foi elaborado porque 10% da área a ser desapropriada está dentro da Faixa de Fronteira. No entanto, o governo do estado não colocou obstáculos à criação do novo assentamento nestas condições.

Segundo o MST, a Fazenda Manasa concorda com a desapropriação. A reportagem da Gazeta do Povo procurou a sua direção, mas ninguém comentou o assunto. A Manasa mantém uma plantação de pínus para reflorestamento na cidade de Porto Barreiro, menos nos 1,7 mil hectares do acampamento.

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