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Prêmio falso

Novo golpe pelo celular leva pessoas a comprar créditos

"Parabéns, você foi sorteado e premiado com um Ford Fiesta na Recarga Premiada SBT 25 anos. Entre em contato de seu fixo ao SBT. Fone 0318599357238 e 0318596367852." Se você receber uma mensagem de texto semelhante a esta no seu celular, cuidado. Trata-se do velho golpe de extorsão via telefone, mas com uma nova roupagem. Desta vez, os bandidos não vão dizer que seqüestraram seu filho, mas pedirão para que você compre cartões de recarga de celular para que o suposto prêmio seja liberado.

O aposentado Gilberto (nome fictício) recebeu a mensagem que prometia o prêmio ontem pela manhã. "Pensei ‘que beleza’, mas fiquei em dúvida se era golpe ou não", diz. O ceticismo fez com que não retornasse ao número pedido. "Resolvi conversar com meu filho antes e ele confirmou que aquilo era provavelmente um golpe. Uma pessoa menos esclarecida poderia ter caído", comenta.

A reportagem da Gazeta do Povo ligou para um dos números da mensagem de texto enviada aos celulares. O falso atendente se identificou como Felipe Melo Sampaio, funcionário de uma central telefônica. Pediu apenas para que fosse repassado o número do celular em que a mensagem foi recebida e, em seguida, pediu que aguardasse. "Vou checar em nosso sistema", disse. Logo após, deu a notícia: "A senhora foi premiada com um Ford Fiesta. Vou passar o procedimento para fazer a liberação do prêmio".

O rapaz passou um número de matrícula, de crachá e até a senha do automóvel e não pediu qualquer outro tipo de informação. "A gente não tamo (sic) trabalhando com nenhum tipo de documentação pessoal dos nossos clientes por telefone", explicou. Para que o prêmio fosse liberado, o falso atendente pediu que quatro cartões de recarga fossem adquiridos, no período de 30 a 50 minutos, e o código fosse repassado a ele.

Uma mensagem no site do SBT alerta sobre o golpe. "O SBT não entra em contato com os ganhadores através de mensagem de texto e jamais pede que seja feito qualquer depósito em dinheiro ou exige a compra de algum produto em troca", diz o texto. De acordo com o delegado da Delegacia de Estelionato e Desvios de Cargas, Rodrigo Brown, na maioria das vezes são usados celulares pré-pagos registrados em nome de pessoas que perderam ou tiveram o aparelho furtado.

Segundo Brown, as ligações partem, além do Paraná, de outros estados – na maioria de dentro dos presídios. "As pessoas quando fornecem esses cartões de telefone estão abastecendo os celulares dos criminosos para que eles administrem outros crimes fora do presídio", afirma.

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