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A menina Lavínia, de 6 anos, foi morta após ser sequestrada em Caxias, na Baixada Fluminense | Foto: Reprodução TV Globo
A menina Lavínia, de 6 anos, foi morta após ser sequestrada em Caxias, na Baixada Fluminense| Foto: Foto: Reprodução TV Globo

A polícia abriu nesta quinta-feira (31) um novo inquérito para apurar as circunstâncias da morte da menina Lavínia, de 6 anos. Na quarta, o Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) pediu a prisão preventiva de Luciene Reis Santana por homicídio triplamente qualificado e por ocultação do cadáver da criança.O corpo de Lavínia foi encontrado no dia 2 de março em um quarto de um hotel de Caxias, na Baixada Fluminense.

Segundo o delegado Robson Costa, da 60ª DP (Campos Elíseos), Luciene – que era amante do pai da vítima – está presa temporariamente desde que confessou o crime, na noite de 2 de março.

De acordo com Costa, o inquérito aberto nesta quinta-feira tem o objetivo de explicar a forma como a suspeita entrou na casa da família da vítima e se Luciene teve ajuda de alguém para esse acesso. "Como ela entrou sem fazer barulho? Pela estrutura da casa, de difícil acesso, não é possível que tenha entrado na casa sem ser vista ou sem ter a ajuda de alguém", acredita o delegado. "Ou Luciene teve ajuda de alguém ou teve acesso prévio à casa, um contato mais duradouro com a menina".

Outro ponto que os policiais querem esclarecer é a familiaridade de Lavínia com Luciene. "Disseram que a menina só tinha visto a Luciene uma vez. Mas as imagens (do circuito de segurança de um ônibus) mostram que a menina estava muito à vontade com ela. Não é factível que as duas não se conheciam", disse o delegado Robson Costa.

Por isso, o delegado afirma ainda que a polícia não descarta fazer uma reconstituição do crime, além de ouvir novamente a família de Lavínia.

As investigações apontam que a vítima foi retirada da casa de sua família por Luciene e levada por ela para o local do crime. A polícia divulgou imagens do circuito de segurança de um ônibus que mostram a criança acompanhada por Luciene, momentos após o sequestro ocorrido em 28 de fevereiro.

Motivo torpe

Segundo a denúncia, o homicídio foi cometido por motivo torpe (sentimento de vingança pelo pai da vítima, que era amante de Luciene e terminara o relacionamento com ela) e com emprego de meio cruel (asfixia por estrangulamento).

Além disso, segundo o MP-RJ, o crime contou com recursos que dificultaram a defesa da vítima: "dissimulação ao ocultar seu propósito homicida durante o período em que ficou com a menina em seu poder; ataque inesperado quando a vítima jamais poderia supor a brutal agressão; bem como ter impedido que a criança gritasse por socorro, envolvendo sua cabeça em uma toalha de forma a não ser ouvida por outras pessoas no hotel".

'Agressividade desmedida'

Ainda de acordo com a denúncia do MP-RJ, "após estrangular Lavínia, Luciene escondeu o corpo dentro da estrutura de alvenaria da cama, cobrindo-o com o estrado de madeira e o colchão, ocultando, assim, o cadáver", que só foi encontrado dias depois.

Os três funcionários do hotel reconheceram a denunciada como a pessoa que ocupou um quarto no dia 28 de fevereiro e que tentou sair sem pagar a conta.

"Macula a ordem pública a agressividade desmedida da denunciada e indicia sua periculosidade exacerbada, seja pelo fato de ter sido o crime praticado contra uma indefesa criança, que teve sua vida atenuada de forma prematura pela cruel vingança da denunciada, seja pela sórdida e repugnante motivação do crime, o que exige uma pronta e eficaz resposta da Justiça", afirmou a subscritora da denúncia, promotora de Justiça Simone Sibílio do Nascimento.

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