Alguns dos novos radares de Curitiba instalados a partir de abril ainda não estão com todas as suas funções ativas. Os equipamentos não multam motoristas que furam o sinal vermelho, fazem conversões proibidas ou param sobre a faixa de pedestres. Atualmente, 67 radares estão em operação na cidade registrando excesso de velocidade. Dezenove deles vão registrar as demais infrações.
Os equipamentos ainda estão passando por ajustes, segundo a Urbanização de Curitiba (Urbs). Técnicos da empresa Consilux, que opera o sistema, estão definindo o tempo a partir do qual começa a ser registrada a infração. Para o motorista que iniciou a travessia com o sinal aberto, caso o sinaleiro fique vermelho no meio da travessia, o sistema concederá de 1 a 2 segundos antes de registrar o flagrante.
Avançar o sinal vermelho é uma infração gravíssima, segundo o Código de Trânsito Brasileiro, e implica em pena de sete pontos na carteira do motorista. Parar o veículo sobre a faixa de pedestres na mudança de sinal luminoso é infração média e resulta em quatro pontos na carteira.
A Urbs lembra que a luz amarela é o sinal para reduzir a velocidade. Quando os semáforos estiverem na função alerta (amarelo piscante) os radares não registrarão multa para o motorista que cruzar a via. A empresa informou que até a próxima sexta-feira os 19 radares estarão registrando todos os tipos de infração. A estimativa é que até o mês que vem 140 radares estejam operando na capital paranaense.
Experiência
Um sistema semelhante ao que está sendo implantado na capital já funciona desde 2006 em Foz do Iguaçu, no Oeste do estado. Os equipamentos estão instalados nos cruzamentos considerados mais perigosos. Segundo o diretor de Trânsito e Sistema Viário do Instituto de Transportes e Trânsito de Foz do Iguaçu (FozTrans), Ali Hussein Safadi, em média são 800 multas mensais. "Já sentimos uma significativa queda no número de acidentes nos cruzamentos e por isso faremos uma rotatividade dos equipamentos", explicou.
Para evitar questionamentos judiciais, os equipamentos registram cinco segundos de vídeo mostrando a parte frontal do veículo e cinco segundos da parte traseira. "Muitos reclamavam que haviam furado o sinal para dar passagem para ambulância ou para o Corpo de Bombeiros. Com a filmagem não há questionamento. A imagem mostra exatamente o que aconteceu", explicou o diretor.
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