O número de casos de microcefalia supostamente relacionados ao zika vírus aumentou 26,5% no estado do Rio, informou o Ministério da Saúde, que divulgou nesta terça-feira (29) o último boletim epidemiológico do ano sobre a doença. Segundo o órgão, a quantidade de notificações subiu de 82 para 103 em relação ao último balanço, feito na semana passada. A quantidade de municípios fluminenses com registros da malformação também aumentou: passou de 18 para 19.
Até o último sábado, o Brasil registrou 2.975 casos suspeitos de microcefalia provavelmente associada ao zika vírus, distribuídos por 656 municípios de 20 estados. Isso corresponde a um aumento de aproximadamente 7% em comparação ao último informe. Além disso, 40 mortes supostamente ligadas à doença estão sob investigação. Em 2014, em todo o país, foram registrados 147 casos de microcefalia.
Bebês que são diagnosticados com a malformação nascem com a cabeça menor e, na maioria dos casos, apresentam retardo mental. O Ministério da Saúde comprovou a relação da epidemia com o zika vírus, transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, o mesmo vetor de outras duas doenças: dengue e chikungunya. Os sintomas do zika vírus são manchas vermelhas na pele, febre intermitente, conjuntivite, dores nas articulações, nos músculos e de cabeça. Mas em alguns casos, a doença é assintomática, ou seja, a pessoa infectada não apresenta sinais típicos.
Entre os estados brasileiros, Pernambuco continua sendo o que tem o maior número de suspeitas: 1.153. Em seguida vêm Paraíba (476), Bahia (271), Rio Grande do Norte (154), Sergipe (146), Ceará (134), Alagoas (129) e Rio (103). Apenas sete estados não fizeram notificações: Acre, Amapá, Amazonas, Paraná, Rondônia, Roraima e Santa Catarina. O Ministério da Saúde voltou a recomendar que gestantes adotem medidas para reduzir a presença do mosquito transmissor e evitar picadas. Entre elas, o uso de calças e camisas de manga comprida, aplicação permanente de repelentes e, se possível, instalação de telas nas janelas.



