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Voos com destino ao Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Buenos Aires e Montevidéu foram os mais prejudicados | Antônio More / Agência de Notícias Gazeta do Povo
Voos com destino ao Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Buenos Aires e Montevidéu foram os mais prejudicados| Foto: Antônio More / Agência de Notícias Gazeta do Povo

Movimento aumenta na rodoviária

O cancelamento de voos com destino à região Sul do Brasil fez com que muitos passageiros optassem por viajar de ônibus nesta sexta-feira. De acordo com a administração da Rodoferroviária de Curitiba, as empresas Pluma e Penha aumentaram de cinco para 10 o número de ônibus que operam com destino a Porto Alegre, Caxias do Sul e Rio de Janeiro.

Já a viação Catarinense informou que reforçou em 20% a frota que opera com destino ao Paraná, Santa Catarina e São Paulo. A empresa informou que a movimentação de passageiros em busca de passagens, durante a manhã, foi 15% superior ao registrado em uma sexta-feira normal.

A Catarinense ainda informou que operadoras de viagens da cidade São Paulo contrataram quatro ônibus da empresa para o transporte de passageiros com embarques prejudicados.

Direitos dos passageiros

O Procon do Paraná informa que os usuários do transporte aéreo que pretendiam ir para um dos destinos afetados e não desejam mais viajar podem solicitar o cancelamento da passagem sem pagar multa. Além disso, o passageiro tem o direito de receber integralmente os valores pagos.

A coordenadora do órgão, Claudia Silvano, esclarece ainda que "nas situações em que houve o cancelamento dos voos por parte das empresas aéreas, da mesma forma, o consumidor tem direito a devolução dos valores pagos". Mas explica que, a princípio, não há possibilidade de o consumidor pedir indenização pelos eventuais danos sofridos.

A Infraero informou que, em caso de atrasos superiores a uma hora, as companhias devem disponibilizar telefone ou Internet aos clientes. Superior a duas horas, é preciso fornecer alimentação adequada ao tempo de espera (voucher, lanche, bebidas). Se superar quatro horas, os passageiros precisam ser acomodados em local adequado (espaço interno do aeroporto ou ambiente externo com condições satisfatórias para aguardar pela reacomodação) ou hospedagem (quando necessária) e transporte do aeroporto ao local de acomodação.

Os passageiros também devem ser informados sobre os motivos dos atrasos ou cancelamentos, inclusive por escrito (o que pode ser usado em pedidos de indenizações, se for o caso).

Ainda segundo a Infraero, o passageiro que desistir da viagem por cancelamento ou atraso acima de quatro horas, pode solicitar reembolso integral do valor do bilhete, na mesma forma de pagamento (cartão de crédito ou crédito bancário).

Caso a empresa a aérea não informe corretamente os consumidores, é possível formalizar uma reclamação junto ao Procon-PR, que fica na rua Presidente Faria, 431, no Centro de Curitiba, ou buscar orientação e informação pelo telefone 0800-41-1512. As reclamações para a Anac podem ser feitas pelo telefone 0800 725 4445.

As companhias aéreas Tam, Gol e Azul anunciaram que os voos com partida e chegada previstos para o Rio Grande do Sul e Santa Catarina foram retomados na tarde desta sexta-feira (10). As companhias informaram que estão monitorando a nuvem de cinzas expelidas pelo vulcão chileno Puyehue, mas as avaliações realizadas no início da tarde garantiram condições seguras de operação.

A Tam ainda informou que os voos para Buenos Aires, na Argentina, foram retomados às 18h. Já os voos para Montevidéu, no Uruguai, continuam suspensos por tempo indeterminado. O último comunicado divulgado pela Gol, às 17h50, confirmou que os voos para Buenos Aires e Montevidéu seriam normalizados. As companhias disponibilizaram telefones para que os passageiros se informem sobre os voos antes de se dirigirem aos aeroportos.

A Força Aérea Brasileira (FAB) divulgou comunicado nesta sexta-feira, por volta das 12h40, informando que as nuvens com cinzas do vulcão chileno Puyehue se dissiparam no Paraná e em Santa Catarina. O órgão havia informado que as nuvens com cinzas chegaram ao Paraná por volta das 10 horas desta sexta.

Segundo a FAB, as cinzas se concentravam no Rio Grande do Sul na tarde desta sexta. O número de voos cancelados seguia alto no Aeroporto Afonso Pena, em São José dos Pinhais (região metropolitana de Curitiba), até as 18h. Segundo a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), o terminal do Afonso Pena permaneceu aberto, mas algumas companhias optaram por cancelar os voos.

O Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (Cindacta 2), sediado em Curitiba, informou que recebeu o alerta na noite de quinta-feira (9) sobre a possibilidade da chegada das cinzas. O alerta era válido até as 18 horas desta sexta-feira. Segundo o Cindacta 2, a suspensão das atividades no Aeroporto Afonso Pena é uma decisão que cabe à Infraero e às companhias aéreas.

O último comunicado recebido pelo Cindacta 2 no fim da tarde desta sexta-feira avisava que a nuvem já estava sobre o Oceano Atlântico e, pelo menos até a meia-noite, não ofereceria qualquer risco para as operações aéreas no Brasil.

A companhia Azul linhas áreas informou, por meio de nota, que "optou por cancelar diversos voos com origem ou destino na região Sul do país". Dez voos com chegada, partida ou escala previstas para o Afonso Pena até as 15h37 horas desta sexta-feira foram cancelados. Ao todo, a companhia cancelou 35 voos no país. A empresa entrará em contatos com os clientes para remarcar as datas dos voos.

A assessoria de imprensa da Tam informou que os problemas com os voos no Afonso Pena não têm relação com as cinzas do vulcão, mas sim com problemas metereológicos. Segundo a Tam, as cinzas impactaram as atividades nos demais estados do Sul e isso causou cancelamentos no Afonso Pena.

Recomendação

Os passageiros que têm voos marcados para os estados da Região Sul do Brasil devem consultar a companhia aérea antes de se dirigir ao aeroporto, alertou nesta sexta, em nota, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). O vulcão chileno Puyehue continua a expelir fuligem no espaço aéreo da Região Sul e também no Chile, Argentina, Paraguai e Uruguai, o que prejudica as operações.

Reflexos no Paraná

A suspensão das atividades em aeroportos do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina -por causa das cinzas do vulcão chileno Puyehue - teve reflexos no Aeroporto Internacional Afonso Pena, em São José dos Pinhais nesta sexta-feira (10).

Segundo comunicado divulgado pela FAB durante a madrugada desta sexta, a nuvem com cinzas chegou a ocupar 70% do território do Rio Grande do Sul.

O Afonso Pena registrava o cancelamento de 43 dos 107 voos (40%) programados até as 20h desta sexta-feira, de acordo com o relatório da Infraero. Outros 33 sofreram atrasos.

A maioria desses voos tinham cidades da região Sul como ponto de partida ou chegada. Em alguns casos, os voos que fariam escalas em Curitiba e seguiriam viagem para outras cidades de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul foram cancelados.

Um voo que decolou de Buenos Aires e pousaria no Afonso Pena nesta manhã também foi cancelado.

A Gol suspendeu as operações nos aeroportos de Florianópolis, Chapecó e Navegantes, em Santa Catarina, entre 4 e 10 horas desta sexta-feira. A empresa informou, por volta das 10h40, que as operações para Florianópolis e Navegantes foram retomadas e às 14h45 comunicou que Chapecó também voltou a operar, assim como Porto Alegre e Caxias do Sul. Em Buenos Aires, na Argentina, e Montevidéu, no Uruguai, os voos foram retomados no início da noite.

A Gol continua contatando clientes com passagens marcadas para os voos que tiveram a programação alterada, segundo o comunicado. A Central de Relacionamento está disponível nos números 0300 115 2121, no Brasil, 0810 266 3232, na Argentina e 5098 2403 8007, no Uruguai.

A Tam cancelou todos os seus voos para Porto Alegre entre 21h desta quinta e 10h de sexta. Partidas para Buenos Aires e Montevidéu também foram canceladas. Os voos para a capital argentina foram retomados a partir das 18h.

Os clientes da companhia devem ligar para a Central de Atendimento da Tam antes de se dirigir ao aeroporto por meio dos números 4002 5700, nas capitais brasileiras, e 0800-570-5700, no interior, 0 810 333 3333, na Argentina, 56 2 6767 900, no Chile, 595 21 659 5000, no Paraguai, e 000 4019 0223, no Uruguai

As companhias Azul, Webjet e NHT também anunciaram cancelamentos. Segundo as empresas, o objetivo é garantir a segurança das operações.

Situação dos aeroportos do Paraná

O Aeroporto Internacional Afonso Pena, em São José dos Pinhais, reabriu para pousos na manhã desta sexta-feira (10), por volta das 8 horas. As decolagens ocorriam normalmente. O nevoeiro causou a interrupção das atividades.

O Aeroporto Silvio Name Junior, em Maringá, na região Noroeste, reabriu para pousos e decolagens, por volta das 10 horas. O terminal havia fechado, por volta das 7 horas, por causa do nevoeiro.

O Aeroporto Internacional de Foz do Iguaçu, no Oeste do Paraná, reabriu para pousos por volta das 9h50. O nevoeiro também havia sido o motivo do fechamento. O terminal não fechou para decolagens.

O Aeroporto Governador José Richa, em Londrina, no Norte do estado, estava aberto e operava por instrumentos nesta manhã. O terminal ficou fechado durante a madrugada por causa do nevoeiro, mas não foi informado por quanto tempo.

Sete voos foram cancelados em Foz do Iguaçu, dois em Londrina e dois em Maringá nesta sexta.

A Infraero informou no início desta manhã que o fechamento dos aeroportos do Paraná ocorreu por causa do nevoeiro e não tinha relação com as cinzas do vulcão chileno Puyehue.

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