
O "chocolate" tomado da Seleção Alemã na semifinal da Copa do Mundo, por 7 a 1, nunca mais sairá da lembrança do brasileiro. Nem a eleição presidencial mais acirrada da história do Brasil,desde a redemocratização. O ano de 2014 foi movimentado em todo o país, que chorou pela derrota nos gramados, espantou-se com a falta de água na Região Sudeste e se comoveu com o ataque de um tigre contra uma criança no zoológico de Cascavel, no Oeste do Paraná.
INFOGRÁFICO: Veja quais são os acontecimentos de 2014 que comoveram mais os paranaenses
Em um ano repleto de acontecimentos espetaculares, o paranaense se dividiu para eleger os fatos de maior repercussão. Segundo levantamento do Instituto Paraná Pesquisas, a disputa acirrada para a presidência da República, os protestos que continuaram se espalhando pelo país e a falta de água no Sudeste foram os temas que mais chamaram atenção dos moradores do estado. Os três assuntos ficaram próximos de 17% do total das respostas obtidas (veja infográfico).
A pesquisa tem como universo moradores do Paraná. Foram ouvidas 1.530 pessoas. O levantamento de dados foi feito por meio de entrevistas presenciais com maiores de 16 anos em 62 municípios durante os dias 27 de novembro a 3 de dezembro. O grau de confiança é 95% e a margem de erro é de 2,5%, de acordo com o instituto.
Planeta Água
Para o diretor do Paraná Pesquisas, o economista Murilo Hidalgo, o problema do abastecimento de água em São Paulo ficou no rol dos temas mais citados devido à apreensão das pessoas em se ver na mesma situação. "É um assunto que gera medo. Além disso, o Paraná faz limite com São Paulo." Hidalgo observa que os temas com maior repercussão para os paranaenses seguem a pauta da mídia nacional.
O sociólogo Cezar Bueno Lima, da Universidade Católica do Paraná, não vê surpresa em a eleição presidencial ter sido o fato de maior repercussão para os paranaenses. "Vejo como sinônimo da cultura autoritária da sociedade, que valoriza mais o culto à personalidade do presidente do que a eleição dos deputados", interpreta.
De acordo com Bueno, fica a surpresa diante da comoção dos entrevistados frente os protestos e da estiagem no Sudeste, temas inesperados, a seu ver. "A falta de água é algo recente e não chegou ao Paraná. Quanto aos protestos, foram mais intensos em 2013, não em 2014", comenta






