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Serviço

O “marido” que é pau para toda obra

Profissional de pequenos reparos domésticos cobra por hora e atrai público feminino

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Que tal alugar um marido? De acordo com a propaganda, ele faz todos os tipos de reparos em casa e o que mais precisar. O folheto, distribuído nos sinaleiros da cidade, lista as tarefas caseiras pendentes mais comuns que poderão ser resolvidas pelo substituto. Interessou? Basta ligar e agendar um horário que o "Marido de Aluguel" vai até sua residência com todos os apetrechos necessários. Ele cobra R$ 30 a hora, período em que pode realizar vários serviços – por isso é bom fazer uma listinha de tarefas antes de chamá-lo.

A novidade surgiu em Portland, estado de Maine, EUA, em 1996. Logo virou uma febre e invadiu os primeiros lares de Nova Iorque. As americanas não hesitaram em contratar os serviços da rede de agências Rent a Husband (Alugue um Marido) para o desempenho de tarefas diárias. Tarefas domésticas, diga-se. A empresa oferece homens capacitados para trocar lâmpadas, consertar chuveiros, goteiras, telhados e tudo o que o dono ou a dona de casa não têm tempo ou talento para fazer.

Em pouco tempo, a idéia foi copiada no Brasil por profissionais autônomos de São Paulo e do Rio de Janeiro, que decidiram ganhar a vida como maridos de aluguel. Em Curitiba, Djair Trindade, 52 anos, decidiu virar marido de aluguel há um ano porque queria qualidade de vida.

Explica-se. Trindade foi gerente de hotel por 25 anos antes de passar a vender seus dotes maritais. Com o antigo trabalho, não conseguia parar em casa. "Eu tinha de viajar muito. Cansei de pular para cá e para lá. Abri mão de ser um executivo para me tornar um ‘marido de aluguel’", diz.

Os rendimentos, segundo Trindade, diminuíram quase pela metade, mas a vida, diz ele, melhorou em dobro. O marido não revela quanto ganha, mas não é difícil imaginar. Se cobra R$ 30 a hora e costuma trabalhar oito horas por dia, no fim do mês o montante soma R$ 4,8 mil.

Caso bata a vontade em alguém de virar marido de aluguel, é bom saber que, para a tarefa, bom humor é fundamental. O site americano, por exemplo, promete "um marido que sempre diz a coisa certa". Já o anúncio de um "marido de aluguel" paulista é ainda mais ousado: "O que seu marido não faz por você em casa, eu faço".

Com uma estratégia de marketing que mexe com a imaginação das mulheres, é comum o "marido" ganhar cantadas. Os maridos de aluguel americanos, por exemplo, têm na ponta da língua uma resposta bem-humorada: "I’m here for the money, not for the honey" (Estou aqui pelo dinheiro, não pelo prazer).

As mulheres solteiras, entretanto, não são as únicas freguesas. Elas são boa parte da clientela, é verdade – representam a metade. A outra metade é composta meio a meio: por casais em que o marido não sabe, não gosta ou não tem tempo para serviços domésticos e por homens solteiros.

Serviço: Djair Trindade atende pelo telefone (41) 9647-9826.

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