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O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil de Minas Gerais (OAB-MG), Luís Cláudio Chaves, determinou nesta quarta-feira (17) a abertura de um processo disciplinar contra o advogado Ércio Quaresma, que declarou publicamente ser usuário de drogas. Quaresma defende o goleiro Bruno da acusação de envolvimento no desaparecimento e morte de Eliza Samúdio, ex-namorada do jogador. De acordo com o presidente da OAB-MG, o processo pede que seja avaliada a concessão de uma suspensão preventiva, o que afastaria liminarmente Quaresma do exercício da profissão.

Em entrevista ao jornal ‘O Dia’ publicada no sábado (13) e ao SBT, em matéria exibida nesta terça-feira (16), Quaresma assumiu ser dependente de crack. A emissora mostrou um vídeo em que o advogado aparece consumindo a droga.

De acordo com o presidente da OAB-MG, Quaresma precisa ser notificado sobre a abertura do processo e, depois disso, tem 48 horas para justificar as declarações. Chaves falou ao G1 que a apuração foi pedida à Comissão de Ética e Disciplina da OAB-MG diante da repercussão do caso. "A comissão vai analisar a possibilidade ou não de dar uma suspensão preventiva, um afastamento liminar da advogacia, até que o processo disciplinar possa ser julgado pelo Tribunal de Ética e Disciplina", disse Chaves.

O G1 tentou falar com o advogado Quaresma até o fechamento desta reportagem. Às 17h, a secretária do escritório Quaresma Advogados e Associados, em Belo Horizonte, informou que ele está em Maceio (AL). Caso Quaresma atenda ao pedido do G1, publicaremos a versão do advogado para as declarações.

O presidente em exercício da Comissão de Ética e Disciplina, Fábio Henri, também conversou com o G1. Segundo Henri, ainda nesta quarta-feira (17), ele assina o parecer pedindo a suspensão de Quaresma por 60 dias. A notificação ao advogado, segundo o presidente da comissão, vai ser encaminhada na manhã desta quinta-feira (18). "A comissão é obrigada a atuar como mais celeridade e rigor, porque tem uma repercussão muito negativa", disse Henri.

Henri afirma que as provas são relevantes. "Há materialidade e a suspensão é inevitável", afirmou. Segundo ele, pelo regimento da OAB, o assunto pode ser considerado de repercussão altamente negativa e que exige providências imediatas. "A OAB precisa dar uma resposta à sociedade", disse.

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