
Nos próximos dias, os 85,5 mil usuários diários do terminal de ônibus do Cabral precisarão de mais paciência: a partir da semana que vem, o espaço passará por obras que incluem a criação de uma nova plataforma, reforma de banheiros e pontos comerciais, ampliação das quatro estações-tubo existentes e instalação de um novo tubo, além da ampliação da passagem subterrânea de pedestres.
O valor investido é de R$ 3,7 milhões e a obra deve ser concluída em sete meses. Em março, quando o trabalho estiver pronto, o terminal passará a atuar numa área equivalente a praticamente o dobro da atual, que é de 1,5 mil metros quadrados. Apesar da ampliação, a capacidade do Cabral não vai aumentar.
A execução da reforma é de responsabilidade da Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba (Comec), conforme acordo assinado com a Urbs, empresa municipal de transportes da capital. A execução é a contrapartida da Comec pelo fato de a Urbs ter assumido, em novembro, a gerência do Terminal do Guaraituba, na cidade de Colombo.
A diretora-presidente da Comec, Letizia Fiala, explica que os recursos para a obra virão do Programa de Integração de Transportes (PIT), cujo financiamento é do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e do governo do estado. "O Cabral não estava incluído no PIT. Mas, pela necessidade da Urbs, fizemos esse acordo", afirma Letizia.
Pacote
Inicialmente, as reformas do Cabral e também dos terminais do Hauer, Campina do Siqueira e Capão da Imbuia faziam parte de um pacote de financiamento do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) para obras de grande porte, entre elas a implantação da Linha Verde e a reforma da Avenida Marechal Floriano Peixoto. "Entretanto, por causa da valorização do real frente ao dólar, que reduziu a captação de dinheiro, o montante não foi suficiente para incluir as obras desses quatro terminais neste pacote", explica a gestora da Área de Mobilidade Urbana da Urbs, Olga Prestes.
Desses quatro terminais, o Capão da Imbuia é o único para o qual a prefeitura ainda não sabe onde buscará recursos para a reforma. O Hauer está sendo reformado com dinheiro do próprio município e o Campina do Siqueira, com recurso do Programa de Mobilidade Urbana (Promob), do Ministério das Cidades.



