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Crime ambiental

Óleo suja água de rio

Derrame de diesel queimado contamina afluente do Rio Barigui, em Curitiba. Defesa Civil monta barreiras de contenção

Cerca de 200 litros de óleo foram retirados do córrego Quero-Quero | Aniele Nascimento/Gazeta do Povo
Cerca de 200 litros de óleo foram retirados do córrego Quero-Quero (Foto: Aniele Nascimento/Gazeta do Povo)

Uma mancha negra em um afluente do Rio Barigui mobilizou ontem técnicos da Defesa Civil e da Secretaria do Meio Ambiente de Curitiba. Cerca de 200 litros de óleo diesel queimado foram despejados no córrego Quero-Quero, que corta o Parque Barigui, próximo ao Museu do Automóvel. A mancha foi constatada por um fiscal da prefeitura, que faz a vistoria dos afluentes rotineiramente, por volta das 6h30. Em menos de três horas, barreiras de contenção foram montadas a fim de conter a substância que cobria um espaço de seis metros.Durante a manhã, um técnico da Defesa Civil percorreu o córrego a pé em busca de vestígios do ponto onde possa ter sido feito o descarte. Paralelamente, uma equipe de fiscais vistoriou estabelecimento na região em busca dos autores do derrame. No entanto, nada foi encontrado.

A secretária do Meio Ambien­te, Marilza do Carmo Oliveira Dias, disse que a poluição foi um problema pontual. Mas ela não descarta a possibilidade de alguém ter derramado, de forma criminosa, o óleo em algum ponto do afluente. "Vamos continuar a varredura para identificar os responsáveis", afirmou. Se­­­gundo a prefeitura, não foram encontrados peixes mortos no córrego e a vegetação do local não foi afetada pela mancha.

O ex-presidente da Associação dos Moradores e Amigos do Parque Barigui (AMAParque), Ari Becker, mostrou à reportagem diversos trechos ao longo do córrego em que, além da sujeira e do mato alto, havia resquícios de óleo aderidos em plantas das margens do córrego. "É importante achar o culpado e multá-lo efetivamente. Quero ver o recibo pago da multa", protesta.

A dona de casa Ivone Padilha, 54 anos, e o filho Juliano, 34 anos, dizem que estavam sentido um cheiro estranho nos últimos dias. O córrego é manilhado na Rua Carlos de Paula Soares, nas Mercês, e passa ao lado da casa da família Padilha. Desde a tarde de domingo, porém, o cheiro forte de combustível se intensificou. Ao lado da casa de Ivone, é possível perceber manchas escuras na tubulação. Segundo a dona de casa, não é de hoje as reclamações com relação ao mau cheiro, porém nada é feito. "Chego a ter dor no estômago", reclama.

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