O Ministério da Educação e a Fundação Itaú Social lançaram, ontem, no Rio de Janeiro, a edição 2010 da Olimpíada da Língua Portuguesa. Com recursos da ordem de R$ 8 milhões e mais R$ 10 milhões repassados pela fundação , o governo aposta na parceria público-privada para resolver um dos principais problemas do ensino público brasileiro. O Brasil ficou em último lugar em leitura no Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa), que avalia alunos de vários países.
A meta para 2010 é a participação de 80 mil escolas e 300 mil inscrições de professores de 5.450 municípios do país. A pretensão é que 9 milhões de estudantes de escolas públicas sejam envolvidos nas oficinas de leitura e produção de texto que serão desenvolvidas entre março e agosto. A proposta é ampliar as competências de leitura e escrita entre alunos de diferentes níveis de escolaridade a partir da formação de professores e ainda contribuir para o aperfeiçoamento didático de docentes da rede pública.
Neste ano, todas as escolas públicas do Brasil receberão, a partir de março, a Coleção Olimpíadas, com cadernos de orientação, coletânea de textos literários e um CD. Os professores inscritos receberão ainda o almanaque Na Ponta do Lápis, com orientações metodológicas, entrevistas e dicas, e poderão participar também de debates com especialistas na comunidade virtual acessível no site oficial do programa (www.escrevendoofuturo.org.br), que também oferece a Coleção Olimpíadas para download.
Segundo o vice-presidente da Fundação Itaú Social, Antônio Matias, o programa é inovador porque não se resume a um concurso de redação. "Mais do que reconhecer o talento de nossos alunos, queremos que as escolas promovam as oficinas", disse o ministro da Educação, Fernando Haddad.
Para participar, as escolas interessadas dever aderir ao programa através dos sites www.mec.gov.br, www.fundacaoitausocial.org.br, www.cenpec.org.br e www.escrevendoofuturo.org.br.
A repórter viajou a convite da Fundação Itaú Social.
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