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estragos

Ondas gigantes provocam prejuízos em Fernando de Noronha

Atividades turísticas foram suspensas em virtude da força das ondas, provocadas por um fenômeno conhecido como "swell", decorrênte de tempestades oceânicas

Ondas gigantes de até cinco metros de altura atingiram barcos e instalações do Porto de Santo Antônio, no arquipélago de Fernando de Noronha (PE), e levaram à suspensão de algumas atividades turísticas.As ondas começaram a se formar na noite de ontem e foram provocadas por um fenômeno conhecido como swell, resultado da propagação de energia de tempestades oceânicas. Na madrugada desta quarta-feira (16), novas ondas atingiram o local.

A administração do arquipélago diz que o fenômeno é comum entre dezembro e fevereiro, mas esse foi o mais forte em 25 anos.

Não houve registro de vítimas. Cinco barcos naufragaram e dez sofreram danos, entre embarcações de pesca e de passeio. Duas barracas de praia foram inundadas. O porto foi interditado na tarde de hoje. "Sabíamos que um swell poderia ocorrer, mas não com tanta velocidade", diz o gestor do porto de Santo Antônio, Fernando de Oliveira.

"São ondas que podem atingir milhares de quilômetros de onde foram geradas e podem aparecer sem nenhum sinal de aviso de sua chegada", explica o professor de oceanografia física Alex Costa da Silva, da UFPE (Universidade Federal de Pernambuco).

A tempestade teve origem na costa dos Estados Unidos e se propagou para o Atlântico Sul.

Passeios cancelados

Com a força das ondas, passeios náuticos e atividades de mergulho ficaram suspensos durante toda esta quarta-feira. Das 18 praias do arquipélago, apenas duas foram liberadas para turistas: as praias de Sueste e do Leão.

"Eu e minha família estávamos com passeio marcado há dois dias. Agora, vamos ter que esperar o mar baixar", conta a artista plástica Rosana Pereira, 46.

Nas demais praias, o acesso era permitido apenas para surfistas. "É temporariamente um Havaí", define o engenheiro de pesca Léo Veras, 47, que mora no local.A previsão é que a intensidade do fenômeno diminua amanhã e que os passeios sejam retomados depois de amanhã.

Em nota, a Marinha disse que monitora as condições no arquipélago e que encaminhou um navio-patrulha para apoiar no resgate de embarcações que ficaram à deriva.

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