
Aproximadamente cem servidores federais firam uma "operação padrão" na Ponte Internacional da Amizade - que liga Foz do Iguaçu, no Brasil, a Ciudad del Este, no Paraguai - nesta quarta-feira (23). Todos os veículos e pedestres que passaram pela ponte desde as 9 horas foram parados e revistados. Já havia filas nos dois lados da Ponte da Amizade, por volta das 9h55.
A mobilização se estendeu até as 14 horas desta quarta. De acordo com a PRF, a fila de veículos na BR-277 para quem deixava o país chegou a dois quilômetros em alguns momentos da manhã, quando o movimento em direção a Ciudad del Este, no Paraguai, é maior. O trânsito lento e a demora para cruzar a fronteira fez muitos motoristas desistirem da espera e retornarem.
A manifestação foi organizada pelos sindicatos e associações nacionais que representam os servidores da Receita Federal, Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal.
As categorias reivindicam melhorias nas condições de trabalho nas regiões de fronteira. "Precisamos de equipamentos para os servidores e também ampliar o efetivo para melhorar a segurança nos 17 mil quilômetros de fronteira do país", afirmou o presidente do Sindicato dos Policiais Rodoviários Federais no Paraná, Ismael de Oliveira.
Segundo o Sindicato Nacional dos Analistas-Tributários da Receita Federal do Brasil (Sindireceita), não bastasse o efetivo reduzido cerca de 1,5 mil agentes federais -, o número reduzido de postos de fiscalização também prejudica o trabalho de vigilância e controle nas fronteiras do Brasil com outros dez países. No total, são 108 unidades: 31 postos da Receita Federal, 18 da Polícia Federal e 59 da Polícia Rodoviária Federal.
Outro pedido é para que seja feito o pagamento de um adicional nos salários para os funcionários das três instituições que atuam nas regiões de fronteira. "O impacto mensal na folha de pagamento seria de 4% no caso da PF. Vamos para Brasília no dia 29 de maio para tentar negociar", afirmou a diretora do Sindicato dos Policiais Federais do Paraná Bibiana Orsi.
A reportagem entrou em contato com as assessorias de imprensa da Polícia Federal e da Receita Federal, em Foz do Iguaçu, mas as instituições informaram que não irão se manifestar sobre a operação por se tratar de um ato sindical. A mesma resposta foi obtida da Polícia Rodoviária Federal, em Curitiba.



