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Telefone público com propaganda erótica na Rua XV: prática é considerada crime | Daniel Derevecki/Gazeta do Povo
Telefone público com propaganda erótica na Rua XV: prática é considerada crime| Foto: Daniel Derevecki/Gazeta do Povo

Os telefones públicos do calçadão da Rua XV de Novembro e da Boca Maldita, no Centro de Curitiba, transformaram-se em balcão de anúncios de prostituição. Os pequenos panfletos com oferta de sexo pago são deixados nos orelhões por adolescentes que ficam circulando durante o dia, constrangendo as pessoas que precisam usar o telefone público. Os adolescentes são contratados para passar nos locais, recolher anúncios da concorrência e colocar nova publicidade no local. O ponto mais visado é o calçadão da XV, mas é possível ver os panfletos eróticos na maioria dos aparelhos telefônicos existentes no Centro de Curitiba.

A publicidade tem fotos eróticas, com números de telefones e o nome de guerra das prostitutas. Ontem, um grupo de rapazes e moças subia e descia a Rua XV de Novembro. A maioria distribuía o material publicitário entre as Ruas Monsenhor Celso e Barão do Rio Branco.

Segundo o gráfico Itamar (nome fictício), a situação é intolerável para as famílias curitibanas e para os turistas. "Eu gosto de passear com a minha filha na Rua XV, mas assim não dá. Também costumo passar por ali para ir à Biblioteca Pública, e ninguém toma uma providência para acabar com essa bagunça", reclamou. Ele disse ainda que "a polícia deveria apreender o material pornográfico, usando as imagens das câmeras de vigilância, mas nada é feito neste sentido".

As mulheres oferecem programas de meia a uma hora, com preço de R$ 30 a R$ 60. O atendimento é feito em apartamentos localizados no Centro da cidade. A reportagem da Gazeta do Povo ligou para sete desses telefones, e a oferta era a mesma: programas sexuais com prostitutas e travestis. Os endereços informados para os encontros ficavam na Rua XV de Novembro, a Alameda Doutor Muricy e a Rua Conselheiro Laurindo, entre outros.

A panfletagem de prostituição não é novidade em Curitiba, embora seja crime. Quem distribui esse material está sujeito à pena de detenção 6 meses a 2 anos ou multa. E o dono e explorador do bordel pode pegar pena de 2 a 6 anos, além da multa aplicada pela prefeitura de Curitiba por publicidade ilegal.

Fiscalização

A prefeitura de Curitiba informou ontem que mantém a fiscalização contra a publicidade erótica, mas não informou a quantidade de material apreendida nos últimos seis meses. As denúncias devem ser feitas para o telefone 156. Já a Polícia Civil informou que o caso é investigado há mais de um ano pelo 1º Distrito Policial de Curitiba.

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Interatividade

A fiscalização contra a publicidade de garotas de programa é falha?

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