As ossadas humanas encontradas por policiais militares em um contêiner em Mauá, no ABC, na noite de quarta-feira (10) eram de pessoas sem identificação de cemitério localizado em São Caetano do Sul. Segundo a prefeitura da cidade, o ossário do Cemitério da Saudade estava com capacidade esgotada e não era limpo havia 30 anos.
A Secretaria de Serviços Urbanos afirmou, em nota, que obteve autorização da Justiça para cremar as ossadas. Os restos são de pessoas mortas entre 1938 e 2007.
Segundo os policiais, havia no contêiner cerca de 2 toneladas de ossos. De acordo com a Secretaria da Segurança Pública (SSP), a carga estava em uma empresa de tratamento de resíduos.
Uma denúncia anônima recebida por volta das 21h30 levou a polícia até o local. Segundo os policiais, a maioria dos ossos estava disposta em sacos e outra parte, pronta para ser incinerada. Peritos do Instituto de Criminalística foram chamados e constataram que a quantidade de restos mortais chegava a 2 toneladas.
Um técnico de segurança do trabalho e um vigia que estavam no local foram encaminhados ao 1º Distrito Policial da cidade para prestar depoimento. Eles foram liberados em seguida.
Por conta da grande quantidade, as ossadas foram mantidas na própria empresa, sob responsabilidade do técnico, que se comprometeu a não incinerá-las. O caso será investigado por policiais civis do 2º Distrito Policial do município.



