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Se a média histórica de chuvas seguir o seu caminho normal em outubro, o racionamento de água em Curitiba e região pode realmente estar próximo do fim. De acordo com a Sanepar, se nos primeiros 15 dias do próximo mês a chuva cair na intensidade esperada, é bem provável que o problema acaba de uma vez.

O gerente da Sanepar para Curitiba e região metropolitana, Antônio Carlos Gerardi, está otimista com as previsões. "Acreditamos e temos que acreditar nessa possibilidade, mas não vamos tomar qualquer decisão deste tipo agora. Por enquanto, as chuvas estão nos permitindo esta paralisação provisória, já que estamos armazenando água nos nossos reservatórios. A previsão é boa, então após os próximos 15 dias poderemos repensar o assunto com mais clareza".

O Simepar confirma o otimismo do funcionário da Sanepar. "Esperamos que os valores se aproximem da média histórica. Eventualmente pode ficar acima ou até abaixo, mas a nossa expectativa é que se aproxime dos valores médios, assim como aconteceu em setembro", afirmou o meteorologista Fernando Mendes.

A média histórica de chuvas, considerando os dados armazenados desde 1998, é de 147mm em outubro. Segundo o Simepar, no mesmo período, em 2001 foi registrado o recorde de chuvas, com valores se aproximando dos 200mm. Em contrapartida, em 2003, a média ficou em apenas 65mm de chuvas no mês de outubro.

Na opinião de Gerardi, o mês de setembro ficou dentro da expectativa positiva traçada no final de agosto. "De acordo com o Simepar deve chover acima da média histórica, assim como foi em setembro. Como não estamos utilizando água das barragens, apenas das bacias incrementais e outros rios, abastecemos a população e armazenamos água ao mesmo tempo".

Na época mais crítica do racionamento o nível das barragens chegou aos 28% de volume disponível. "Para você ter uma idéia, nós usávamos 60% de água das barragens e 40% das bacias incrementais para o abastecimento da população. Hoje, em decorrência das últimas chuvas, usamos 100% das bacias".

Enquanto a decisão final sobre o término do racionamento não acontece, o rodízio de água segue suspenso pelo menos até a próxima segunda-feira.

Médias preocupantes

O grande problema da estiagem que gerou o racionamento começou nos primeiros meses de 2006. Analisando as médias históricas com a quantidade de chuvas que caiu, fica claro que o problema iria aparecer cedo ou tarde.

Em abril, por exemplo, a média garantia 78mm de chuvas, mas choveu apenas 17. E foi assim em maio (73mm contra 20mm de chuvas), junho (84mm; 29mm), julho (96mm; 38mm), agosto (83mm; 43mm) e setembro (158mm; 100mm).

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