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O projeto que autoriza a prefeitura de Londrina a pagar os incentivos aos médicos plantonistas com recursos do próprio município foi aprovado na Câmara Municipal por unanimidade, em sessão extraordinária, ontem. Pressionados pela categoria, os parlamentares aceitaram o projeto para tentar pôr fim à suspensão dos atendimentos ao Sistema Único de Saúde (SUS), iniciada na manhã de ontem. No entanto, não há garantias de volta ao atendimento.

Aprovado em regime de urgência, o projeto segue para sanção do prefeito Barbosa Neto (PDT). A proposta prevê o pagamento, em cinco parcelas mensais, dos incentivos atrasados: a primeira delas em 16 de dezembro. A lei ainda determina que o município pague R$ 566.352, referentes ao pagamento de julho deste ano, em até 72 horas após a publicação. A proposta será discutida em assembleia dos médicos da Santa Casa e do Hospital Evangélico neste fim de semana.

Entretanto, isso não quer dizer que os prontos-socorros voltem a funcionar. "Nós ainda temos muitas dúvidas para responder aos médicos. Uma delas é o que ocorrerá com esses incentivos? Eles serão mantidos? Isso não está claro e vão surgir dúvidas entre os médicos. Nós vamos pedir que um representante da prefeitura participe da assembleia para esclarecer essas dúvidas", afirmou Luiz Koury, diretor do HE, em plenário da Câmara.

A insegurança dos médicos foi motivada pelo depósito em juízo da primeira parcela do pagamento dos incentivos atrasados, feita pela prefeitura no início da semana. "Nós não temos mais a confiança no secretário da Saúde nem na prefeitura. Ninguém volta ao trabalho enquanto não for feito o depósito", declarou o chefe da ortopedia da Santa Casa, Alexandre Queiroz. O depósito em juízo ocorreu após a prefeitura se comprometer com os médicos de pagar a primeira parcela dos incentivos atrasados.

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