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Augusto Kosien, o pai do curitibano que foi morto na semana passada no estado de Kentucky (KY), vítima de um suposto crime passional, embarca para os Estados Unidos esta semana. Ele vai acompanhar a cerimônia de cremação do corpo do filho, que acontece no dia 8 de junho. Morador de Newport (KY)Augusto Kosien Júnior, de 31 anos, morreu no dia 25 de maio, em virtude um traumatismo craniano provocado após ser agredido em Fort Mitchell, na casa da namorada. O corpo já foi liberado pelas autoridades americanas para o funeral dentro do país.

A data da viagem de Kosien, porém, ainda não foi definida. O curitibano depende da companhia aérea Delta Air Lines, empresa em que o filho voltaria a trabalhar a partir de 1º de junho após uma licença de três anos, para saber quem vai bancar a viagem. "Eu teria direito a um desconto como familiar de funcionário. Mas o problema é que apesar do Júnior ter feito o treinamento, ele não chegou a voltar ao trabalho", explica o pai. Segundo Augusto, a expectativa é de que a empresa tenha uma posição até esta segunda-feira, dia 5.

O irmão de Júnior, Márcio Kosien, mora nos Estados Unidos e acompanha a negociação mais de perto. "A Delta tem sido bastante burocrática", diz. Ele afirma que até quarta-feira, dia 7, o pai deve estar nos Estados Unidos. "Em último caso vamos tentar comprar as passagens para o meu pai com um fundo aberto pelos amigos de Júnior".

Dois funerais

A família de Júnior, como era chamado, planeja fazer dois funerais. Além da cerimônia nos Estados Unidos, parte das cinzas deve ser trazida ao Brasil, para que a urna seja depositada em um cemitério de Curitiba. "Tem a filha dele de nove anos que mora lá, então a gente optou por dividir as cinzas, creio que isso seja possível", afirma Augusto.

Júnior se casou nos EUA em 1997 e no ano seguinte se separou. A filha mora com a mãe e segundo o tio está bem. "Até pela idade, acho que não assimila como é essa perda. Ela está sorrindo", afirma Márcio, que deve retornar ao Brasil com o pai, para acompanhar a segunda cerimônia funerária e reencontrar a mãe e os irmãos que moram em Curitiba.

Segundo Márcio, levará de duas a três semanas para que a certidão de óbito seja liberada. Por ela, serão pagos US$ 20 dólares. O irmão de Júnior terá que reembolsar mais US$ 500,00 para fazer a tradução do documento para que possa ser aceito pelo cemitério no Brasil. "O Consulado não traduz. Disseram apenas ‘eu sinto muito’ e informaram as taxas para conseguir a certidão de óbito".

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