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Foco da doença

Panaftosa encerra polêmica no Paraná

Segundo Miguel Genovese, diretor do Panaftosa, as ocorrência sanitárias verificadas configuram focos de aftosa

Uma nota técnica do Centro Pan-Americano de Febre Aftosa (Panaftosa), vinculado à Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) e com sede no Rio de Janeiro, tenta colocar fim à polêmica sobre a existência ou não de febre aftosa no Paraná. A manifestação do vírus no rebanho do paranaense vem sendo questionada por produtores e pelo governo estadual desde a decretação oficial de um foco da doença, pelo Ministério da Agricultura, em dezembro de 2005. Segundo Miguel Genovese, diretor do Panaftosa, as ocorrência sanitárias verificadas configuram focos de aftosa.

A conclusão é baseada em três evidências e constatações: a "identificação de anticorpos" em amostras de sangue dos bovinos compatíveis com circulação viral; a "presença de lesões" comuns em doenças vesiculares como a aftosa; e os "vínculos" do gado com propriedades onde ocorreram "manifestações clínicas" da doença e o isolamento comprovado do vírus da febre aftosa. Genovese destacou que conclusão está baseada no Código Sanitário dos Animais Terrestres da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), o que justificaria a decisão do Ministério da Agricultura de comunicar a existência dos focos.

No final do ano passado, laudos da necropsia feita em animais abatidos no Paraná deram negativo e reacenderam as discussões sobre o tema. Desde o anúncio da suspeita da doença, em outubro de 2005, mais de 50 países embargaram a carne do estado, restrição que além de bovinos atingiu frangos e suínos. Em sete fazendas, foram sacrificados 6.781 animais. O prazo de 6 meses para recuperação do status de área livre de aftosa, conforme prevê a Organização Internacional de Epizootias (OIE), venceu em setembro do ano passado.

A expectativa é que o relatório do governo brasileiro solicitando a liberação do estado seja apreciado na reunião prevista para acontecer no próximo mês, em data e local ainda serem definidos. Contudo, até a primeira semana de janeiro o governo do Brasil não havia encaminhado as informações necessárias para que a OIE possa reavaliar a situação dos estados do Paraná e do Mato Grosso do Sul, onde também foram confirmados focos da doença e sacrificados perto de 30 mil animais.Já se passaram 15 meses desde os primeiros embargos internacionais à carne brasielira e paranaense.

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