
Discutidos há mais de uma década, os projetos do metrô de Curitiba já consumiram mais de R$ 11 milhões em estudos e o novo edital com as correções sugeridas pelo Tribunal de Contas do Paraná está prometido para daqui três meses. Mas o início da obra dentro da gestão Gustavo Fruet esbarrou em um impasse financeiro de difícil solução. A prefeitura ainda não sabe quem pagará a conta da desatualização orçamentária imposta pela inflação. E o governo federal já avisou que não dará mais do que R$ 1,8 bilhão reservado para o projeto, cujo orçamento atual é de R$ 4,691 bilhões.
O prazo de 90 dias para lançamento do novo edital foi mencionado pelo secretário municipal do Planejamento durante uma sessão realizada na Câmara de Vereadores no último dia 10. O antigo foi suspenso pelo TCE exatamente um ano atrás. Em dezembro passado, os conselheiros acabaram liberando a licitação desde que a prefeitura seguisse três recomendações no novo edital: definir mais claramente o objeto de investimento da Parceria Público-Privada; expedir diretrizes para o licenciamento ambiental por órgão competente; e apresentar uma Pesquisa Origem-Destino válida.
Apesar do imbróglio e de ainda não haver um novo edital de licitação, nenhum outro prefeito chegou tão próximo da realização da concorrência para construção do metrô em Curitiba.



