Uma das principais promessas de campanha de Rafael Greca (PMN) já tem data para sair do papel. O prefeito anunciou, nesta terça-feira (21), que o mutirão de consultas, exames e cirurgias de especialidades começa no dia 7 de março. Ao todo, cerca de 150 mil pessoas aguardam atendimento nas 15 especialidades médicas mais demandadas no sistema público de saúde (SUS) em Curitiba.
O principal objetivo da prefeitura com o programa, batizado de Saúde Já, é reduzir o tempo de espera para os atendimentos, que no caso mais demorado – a cirurgia de cotovelo – chega a 82 meses.
Segundo o secretário de Saúde de Curitiba, João Carlos Baracho, para viabilizar o mutirão, a prefeitura vai repassar recursos extras a hospitais que já prestam serviços ao município. Ao todo, R$ 12 milhões serão destinados ao Saúde Já.
“Nós já temos um fluxo de pagamento pelo Ministério da Saúde daquilo que é o ordinário. O mutirão vai ser acrescido por meio de um aditivo dentro do que já está contratualizado. Nós estamos negociando com o próprio ministério, que terá recursos específicos para os mutirões”, afirma.
Segundo Baracho, cada hospital contratado é que determinará a melhor forma de atender o maior número de pacientes. O secretário acredita que a solução adotada será o atendimento no contraturno, de modo semelhante ao que foi implantado pelo prefeito de São Paulo, João Dória (PSDB).
Outro ponto anunciado pela prefeitura é que o mutirão vai realizar consulta e exame no mesmo momento, para que não seja resolvida a demanda por consultas e, ao mesmo tempo, sobrecarregada a fila dos exames.
“Queremos evitar que o usuário saia de uma fila e tenha de entrar em outra para fazer um exame. É inadmissível que o cidadão tenha que, após aguardar meses por uma consulta, esperar mais 25 meses para realizar um exame. Vamos solucionar isso”, disse Baracho.
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Laboratório Municipal
Outra ação anunciada pela prefeitura na área da saúde é a normalização dos serviços prestados pelo laboratório municipal. Segundo Executivo, o laboratório funciona parcialmente porque a gestão anterior deixou dívidas com os fornecedores de insumos, o que dificultou o acesso aos produtos e gerou uma demanda reprimida de 330 mil exames. Ao todo R$ 1,4 milhão será direcionado ao pagamento de dívidas e R$ R$ 558 mil aplicados na compra de reagente e insumos para o laboratório.
Entre os exames mais solicitados estão: Glicose, Hemograma, Parcial de Urina, Colesterol, LDL, HDL, Triglicerídeos, Creatina, TSH, Cultura de Urina.
“Não podemos aceitar que o usuário tenha que esperar até três meses para realizar exames tão simples”, afirma Baracho.



