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Saúde

Para reduzir fila no SUS, Curitiba terá mutirão de exames e consultas com médicos especialistas

Anúncio foi feito pelo prefeito Rafael Greca. Atualmente, cerca de 150 mil pessoas esperam atendimento especializado; 330 mil exames estão pendentes

Anúncio do mutirão foi feito pelo prefeito Rafael Greca | Antônio More/Gazeta do Povo/Arquivo
Anúncio do mutirão foi feito pelo prefeito Rafael Greca (Foto: Antônio More/Gazeta do Povo/Arquivo)

Uma das principais promessas de campanha de Rafael Greca (PMN) já tem data para sair do papel. O prefeito anunciou, nesta terça-feira (21), que o mutirão de consultas, exames e cirurgias de especialidades começa no dia 7 de março. Ao todo, cerca de 150 mil pessoas aguardam atendimento nas 15 especialidades médicas mais demandadas no sistema público de saúde (SUS) em Curitiba.

O principal objetivo da prefeitura com o programa, batizado de Saúde Já, é reduzir o tempo de espera para os atendimentos, que no caso mais demorado – a cirurgia de cotovelo – chega a 82 meses.

Segundo o secretário de Saúde de Curitiba, João Carlos Baracho, para viabilizar o mutirão, a prefeitura vai repassar recursos extras a hospitais que já prestam serviços ao município. Ao todo, R$ 12 milhões serão destinados ao Saúde Já.

“Nós já temos um fluxo de pagamento pelo Ministério da Saúde daquilo que é o ordinário. O mutirão vai ser acrescido por meio de um aditivo dentro do que já está contratualizado. Nós estamos negociando com o próprio ministério, que terá recursos específicos para os mutirões”, afirma.

Segundo Baracho, cada hospital contratado é que determinará a melhor forma de atender o maior número de pacientes. O secretário acredita que a solução adotada será o atendimento no contraturno, de modo semelhante ao que foi implantado pelo prefeito de São Paulo, João Dória (PSDB).

Outro ponto anunciado pela prefeitura é que o mutirão vai realizar consulta e exame no mesmo momento, para que não seja resolvida a demanda por consultas e, ao mesmo tempo, sobrecarregada a fila dos exames.

“Queremos evitar que o usuário saia de uma fila e tenha de entrar em outra para fazer um exame. É inadmissível que o cidadão tenha que, após aguardar meses por uma consulta, esperar mais 25 meses para realizar um exame. Vamos solucionar isso”, disse Baracho.

Laboratório Municipal

Outra ação anunciada pela prefeitura na área da saúde é a normalização dos serviços prestados pelo laboratório municipal. Segundo Executivo, o laboratório funciona parcialmente porque a gestão anterior deixou dívidas com os fornecedores de insumos, o que dificultou o acesso aos produtos e gerou uma demanda reprimida de 330 mil exames. Ao todo R$ 1,4 milhão será direcionado ao pagamento de dívidas e R$ R$ 558 mil aplicados na compra de reagente e insumos para o laboratório.

Entre os exames mais solicitados estão: Glicose, Hemograma, Parcial de Urina, Colesterol, LDL, HDL, Triglicerídeos, Creatina, TSH, Cultura de Urina.

“Não podemos aceitar que o usuário tenha que esperar até três meses para realizar exames tão simples”, afirma Baracho.

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