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Fanfarra da Escola Estadual Maria Gai Grendel existe há um ano e meio e tem 50 integrantes
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Angélica Morais, a mor que comanda a fanfarra, tem 14 anos
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A mor Evelin dos Santos comanda o corpo coreográfico
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Instrumentos mais pesados são carregados por alunos maiores
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A linha de frente de uma fanfarra traz as bandeiras
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As fanfarras têm balizas que fazem coreografias durante as apresentações
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A lira é um dos instrumentos mais difíceis de serem tocados em uma fanfarra
O ensaio da última quarta-feira já mostrou o que promete ser o Primeiro Encontro de Bandas e Fanfarras, que se realiza hoje e amanhã na Praça Oswaldo Cruz, em Curitiba: o silêncio não vai ter vez frente a tantas mãos hábeis, com desejo de tocar pratos, liras e tambores. E se engana quem pensa que o evento será amador: as crianças que fazem parte das fanfarras, projetos educacionais no contraturno escolar das escolas estaduais e municipais, aprendem a tocar os instrumentos como profissionais. Os talentos, porém, agora ganham a rua, ou melhor, a praça de Curitiba para que outras pessoas, além de pais e professores, testemunhem o que maestros estão fazendo com a criançada.
Assista ao vídeo e veja mais fotos do ensaio de uma fanfarra
"Começamos na sala de aula com percussão e, há um ano e meio, montamos a fanfarra. As crianças aprendem fácil e os pais se envolvem, auxiliando no que podem. Muitas delas nunca tinham visto um instrumento musical antes", resume o maestro Vítor Rodrigues, da Escola Estadual Maria Gai Grendel.
Impacto
Quando a mor da fanfarra (pessoa que coordena a banda) Angélica Morais, 14 anos, dá o comando para a música começar, o barulho ganha tamanha proporção que é quase impossível não se emocionar. A fanfarra da Maria Gai se apresenta hoje à noite, e mostrará coreografias bem ensaiadas e músicas para todos os gostos: do pop de Lady Gaga à antiga canção "Balão Mágico". Além dela, outras 39 escolas públicas e particulares participam do encontro, uma iniciativa da Secretaria Municipal de Esporte, Lazer e Juventude com as secretarias municipal e estadual de Educação.
A inclusão dessas crianças em fanfarras, que era para ser uma atividade cultural, acabou levando às escolas outros benefícios, como o maior comprometimento de alunos. "Cada um é responsável pelo seu instrumento, o que faz com que eles se tornem mais responsáveis", comenta o maestro Vítor. Ele lembra ainda que as fanfarras têm tradição militar (como a marcha e a disposição enfileirada dos musicistas), por isso a disciplina é incorporada pelos alunos, inclusive os que costumam ser os mais bagunceiros em sala de aula. "Meus pais adoram me ver tocar e eu me identifiquei muito com a fanfarra", comenta o aluno do 1.º ano do Ensino Médio Guilherme Gomes.
Compensa
A mor Angélica admite: fica nervosa toda vez que precisa se apresentar, mas diz que o resultado compensa. Ela começou a tocar com instrumentos improvisados, como latões. Hoje, além de ser figura de destaque na fanfarra, faz parte da banda marcial da Escola Maria Gai.
Serviço
O Primeiro Encontro de Bandas e Fanfarras de Curitiba ocorre hoje e amanhã na Praça Oswaldo Cruz, em Curitiba. Hoje o evento começa às 19 horas e vai até às 21h30. Amanhã, das 9 às 18 horas. Ao todo, se apresentam fanfarras de 26 escolas municipais, de 12 estaduais, além da banda marcial da Escola da Polícia Militar e de duas escolas particulares. A entrada é gratuita.
Vida e Cidadania | 3:19
Crianças de escolas municipais e estaduais do Paraná aderem ao projeto das fanfarras que existe desde 2009 no contraturno escolar. Na Escola Estadual Maria Gai Grendel, na Caximba, a fanfarra tem 50 integrantes.
