A Parada da Diversidade GLBT 2007 reuniu cerca de 25 mil participantes, segundo a Polícia Militar, na tarde deste domingo, no Centro Cívico de Curitiba. Os organizadores do evento, que está na 12.ª edição, porém, acreditam que o número foi muito superior.
Os simpatizantes, as comunidades gays, lésbicas, bissexuais, travestis e transsexuais fizeram mais do que desfilar. Aproveitaram a oportunidade para promover a discussão sobre o preconceito e os direitos iguais entre os participantes. Desde o início do ano, tramita no Senado Federal, o projeto de lei 122/06 que tem o objetivo de tornar crime a homofobia.
Cores e brilhos
Com início previsto para as 15h30, o público se concentrava timidamente na praça 19 de Dezembro, mais conhecida como a do Homem Nu, no começo da tarde. Entre gritos de incentivo, em poucos minutos, a avenida começou a se encher de cores, brilhos e performances. Além de animar, os dez trios elétricos se encarregaram de lançar os temas discutidos no projeto, para não esquecer o porquê de estarem ali.
O presidente da Associação Paranaense de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transsexuais (AGLBT) recorda que na prática a parada tem o objetivo de dar visibilidade à causa, mas também mandar o seu recado para as autoridades de como é importante de que seja feito algo contra a homofobia. "A discriminação existe por desconhecimento do assunto", lembra.
A presidente do Grupo Dignidade, Simone Valêncio, vê "o Paraná como um estado homofóbico". Os levantamentos mostram que dos estados do Sul, o Paraná é o que apresenta maior incidência de crimes. Segundo o Núcleo de Estudos da Violência da Universidade de São Paulo (USP), dos 26 assassinatos registrados na região de 2003 a 2005, 13 foram praticados no estado.



