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Passeata

Parada da Diversidade reúne milhares de pessoas em Curitiba

Passeata atravessou a Avenida Cândido de Abreu, no Centro, com seis trios elétricos seguidos por multidão animada

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A Parada da Diversidade reuniu milhares pessoas em Curitiba neste domingo (30). Os participantes percorreram, em passeata, a Avenida Cândido de Abreu, em Curitiba.

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Segundo a organização do evento, o público atingiu a meta estabelecida para este ano, ficando em torno de 100 mil pessoas. Já para a Polícia Militar (PM) a presença ficou em 7 mil pessoas. A Guarda Municipal, que fez uma estimativa na concentração de saída do evento, no início da tarde na Praça 19 de Dezembro, registrou 10 mil presentes.

Animados, os participantes foram até a Praça Nossa Senhora da Salette, em frente ao Palácio Iguaçu, onde a Associação Paranaense da Parada da Diversidade (Appad) organizou shows previstos para serem realizados até as 20h30. Esta é a 17ª edição do evento em Curitiba e a 7­ª organizada pela Appad.

Celebrar a diversidade

O presidente da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT), Toni Reis, fez um discurso durante o início oficial do evento. Ele disse estar feliz ao lado do marido David Harrad e do filho Alyson. "Este é um dia especial para nós, uma oportunidade de celebrar a diversidade", disse.

O menino Alyson, de 11 anos, pôde ser adotado pelo casal apenas neste ano. Toni e David começaram os trâmites para a adoção em 2005. Por ser o primeiro caso de adoção conjunta por um casal homoafetivo na Vara da Infância de Curitiba, o órgão levou três anos para proferir a sentença: os dois só poderiam adotar meninas, e desde que elas tivessem mais de 12 anos. O casal recorreu à justiça e apenas em 2012 o Superior Tribunal de Justiça (STJ) concedeu a autorização para a emissão da nova certidão de nascimento ao menino, emitida em agosto.

Dançando com os pais no trio elétrico, Alyson pediu a palavra e também fez seu discurso, pedindo o fim da homofobia.

Clima

Entre os presentes no evento, grupos de amigos, casais e famílias se divertiam ao som dos seis trios elétricos que tocavam músicas pop e eletrônicas. O estudante João Victor Assis, de 17 anos, foi pela primeira vez à parada. Ele é heterossexual e foi está na Parada em apoio à causa das lésbicas, gays bissexuais e travestis (LGBT). "Estou aqui com meus amigos porque acho importante as pessoas mostrarem que todos devem ter os mesmos direitos na sociedade", diz.

Já a estudante Juliane Prestes, 18 anos, é homossexual e participa pela quarta vez do evento. "Não gosto muito de festa, mas venho porque acho importante lutar pelos nossos direitos", relata. Ela comenta que percebeu um aumento no número de participantes nos últimos anos e acha que isso é sinal de maior aceitamento à diversidade.

Entre as bandeiras com as cores do arco-íris, símbolo da comunidade LGBT, via-se também as plumas e fantasias dos representantes da escola de samba curitibana Acadêmicos da Realeza. "Adoramos a festa, que é muito divertida, e aproveitamos também para apoiar a causa", explica a arquiteta Bianka Gevieski, que é diretora social e cultural da escola de samba.

Tema

A parada deste ano teve como tema "Seus direitos, nossos direitos, direitos humanos, por um Paraná livre do racismo, machismo e homofobia". A organização aproveitou a oportunidade para pedir que os participantes sejam conscientes na hora de votar no próximo domingo e que escolham candidatos a favor da diversidade e dos direitos iguais para todos.

A passeata teve também um grupo de abre alas formado por deficientes auditivos carregando uma faixa com os questionamentos para a sociedade sobre inclusão e preconceito.

Bloqueios no trânsito

O Batalhão de Polícia de Trânsito (BPTran), a Secretaria Municipal de Transito de Curitiba (Setran) e a Guarda Municipal bloquearam o trânsito na região entre as 11 horas e o final da tarde. Segundo a Setran, a Rua Paula Gomes estve fechada depois da esquina com a Mateus Leme; a Cândido de Abreu teve bloqueios na Praça 19 de Dezembro, na Heitor Stockler de França, na Comendador Fontana, na Lysimaco Ferreira da Costa e na Santiago de Oliveira.

Segundo informações oficiais da PM, não houve registro de incidentes como brigas ou confusões durante a passeata.

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