A Associação Nacional de Médicos Peritos (ANMP) informou, no fim da tarde de ontem, que mais de 90% dos peritos do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) de todo o país aderiram à paralisação nacional da categoria. A mobilização é em protesto contra a edição da Medida Provisória 441, que reestrutura as remunerações dos peritos.
Segundo comunicado enviado à imprensa e divulgado pela Agência Brasil, a agência de notícias do governo federal, capitais como São Paulo, Rio, Salvador e Curitiba tiveram 100% de paralisação. Ainda de acordo com dados fornecidos pela ANMP, Porto Alegre e Belo Horizonte tiveram ontem mais de 90% de adesão ao movimento.
A agência afirma que procurou a Previdência Social para obter a confirmação do número, mas não obteve resposta. Até às 17h35, era de 65% o percentual de peritos que aderiram à greve em São Paulo, e, em Curitiba, era quase 90% às 17h50.
A categoria promete continuar a paralisação nas próximas semanas como forma de "pressionar o governo a reverter a MP 441". A entidade alega que a medida provisória "destruiu a carreira e prejudicou mais de 5 mil peritos em todo o país".
Paralisação
A paralisação da categoria todas as quartas-feiras foi decidida em assembléia no último dia 9. No comunicado à imprensa, a associação argumenta que as negociações para reestruturar a carreira duraram 15 meses e que, após todo esse tempo, o governo "rasgou o acordo, criou uma nova carreira e prejudicou os peritos que estão perto de se aposentar".
Os peritos médicos da Previdência são responsáveis por 34 mil perícias por dia.
