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O Paraná registrou 43.691 casos de dengue nos sete primeiros meses deste ano. O número é dez vezes maior que no mesmo período de 2006, quando foram confirmados 4.300 doentes. Em todo país foram 439 mil ocorrências da doença, um crescimento de 45%. O Paraná foi terceiro estado que mais contribuiu para o aumento dos casos, ficando atrás apenas de Mato Grosso do Sul e Rio de Janeiro. O levantamento foi publicado nesta quarta-feira (5) pelo jornal O Estado de São Paulo. O pior ano da dengue no país foi 2002, quando quase 794 mil pessoas contraíram a doença. O número de mortes também cresceu. Até meados de agosto deste ano, foram contabilizadas 98. Em 2006, foram registrados 61 óbitos.

De acordo com a reportagem, o aumento significativo não foi uma surpresa. Em 2006, um levantamento rápido feito para identificar áreas onde há criadouros do mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença, já apontava o crescimento das áreas de risco. O titular da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) do Ministério da Saúde, Gerson Pena, não quis atribuir o aumento do número de casos a uma prevenção inadequada de gestores. A dificuldade da população em mudar seus hábitos seria um dos fatores que contribuíram para o aumento. O secretário de Vigilância em Saúde observou ainda que em 25% das casas agentes comunitários não conseguiram entrar para fazer vistorias de criadouros.

Suspensão de repasses

Embora a Secretaria de Vigilância em Saúde não tivesse os números disponíveis, o diretor de gestão da SVS, Fabiano Pimenta informou que, nos três estados onde houve uma explosão de casos - Rio, Paraná e Mato Grosso -, uma boa parte dos municípios teve a suspensão do repasse dos recursos para serem usados em ações de prevenção contra dengue.

Isso ocorre quando os gestores não gastaram o dinheiro no combate à dengue nos seis meses anteriores à medida. Antes do bloqueio dos recursos, uma carta é enviada ao município para que se justifique o dinheiro parado, explicou Pimenta.

A assessoria de imprensa da Secretaria Estadual de Saúde disse que o responsável pelo setor de combate à dengue está participando de um evento no interior do estado e por isso não poderia comentar o levantamento.

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