O Paraná registrou no ano passado 680 casos de picadas de escorpião em todo o estado. É a menor quantidade em cinco anos, e representa uma redução de 15,6% em relação a 2010, quando foram notificadas 806 ocorrências (veja os dados abaixo). O maior número de picadas por escorpião foi registrado na região de Paranavaí, onde 144 acidentes ocorreram. Em seguida, aparecem as regionais de Ponta Grossa (138), Maringá (71) e Londrina (61). Curitiba e região metropolitana tiveram 21 ocorrências. Nenhuma morte foi registrada, assim como nos anos anteriores.
O levantamento realizado pela secretaria estadual da Saúde aponta a redução de casos em quase todas as regiões na comparação de dados de 2011 e 2010. Segundo os dados repassados pela assessoria de imprensa da secretaria, as exceções são as regiões de Londrina e Guarapuava. Na cidade do Norte do estado, o número de ocorrências subiu de 55 para 61. Já em Guarapuava, as notificações foram de 37 para 41.
A chefe da Divisão de Zoonoses e Intoxicações da secretaria de Saúde, Gisélia Rubio, explica que não há um só fator determinante para a redução de acidentes com escorpiões no Paraná. Segundo ela, entre os fatores que influenciaram no registro de um número menor de incidentes estão a possibilidade de subnotificação e a não digitalização de todos os casos de 2011. "Algumas pessoas quando são picadas e não é grave não vão ao serviço de saúde. Ou ainda o serviço de saúde não notifica se o paciente não receber soro", lamenta.
Rubio destaca que há um trabalho específico de combate ao escorpião em duas cidades e isso também pode ter influenciado na redução. Bandeirantes e Barra do Jacaré, ambas no Norte Pioneiro, tem equipes coletando escorpiões porque são locais com histórico de vários casos de picada. "Os agentes de endemia estão fazendo catação manual porque o controle químico não é eficaz. Tem que remover pedra, tábua e tijolo."
Na região de Paranavaí, a chefe da Divisão de Zoonoses afirma que há uma espécie específica que preocupa: o escorpião amarelo. Além da picada dela ser mais perigosa para a saúde humana por ser mais venenosa, a espécie não tem macho. As fêmeas reproduzem-se sozinhas e, com isso, com maior facilidade. Além disso, Rubio destaca um problema burocrático. "Em Paranavaí ainda não conseguimos estabelecer uma ação nossa com os municípios. Creio que este ano vamos começar."
Número de casos de picadas de escorpião no Paraná 2011 6802010 8062009 7202008 7482007 730



