• Carregando...
Vídeo: | TV Paranaense
Vídeo:| Foto: TV Paranaense

A paranaense Viviane Bueno, 31 anos, conheceu em Ortigueira, no Paraná, o homem que viria a matá-la nos Estados Unidos. O crime ocorreu na noite de sexta-feira, em Newark, no estado de Nova Jérsei, a 17 quilômetros de Nova Iorque. Foi morta pelo ex-marido, Elias Prodelik, com quem conviveu desde criança no município paranaense de 23 mil habitantes e que viria a reencontrar há quatro anos, em solo americano. Casaram-se e tiveram uma menina, que está com 3 anos de idade.

Mas o casamento com o conterrâneo não deu certo. A separação formal do casal ocorreu há dois meses. Em uma das visitas a filha, segundo informações de familiares, Prodelik pediu para dormir na casa. Viviane não deixou e os dois começaram uma discussão.

Com uma faca de cozinha, ele a golpeou. Viviane ainda conseguiu ligar para o pronto-socorro e foi atendida por paramédicos, mas não resistiu e morreu ao chegar ao hospital. A menina assistiu a tudo e teria sido encontrada ensangüentada. Prodelik está preso. "Não é um conforto para a gente porque a minha filha não vai voltar. Mas lá (nos Estados Unidos) pelo menos tem justiça", diz o pai Antônio Bueno.

Bancária que chegou a cursar Direito, Viviane foi para os EUA para trabalhar limpando casas. Há quatro anos em solo norte-americano, ela continuava como imigrante ilegal, mas já tinha até conseguido montar uma empresa de prestação de serviços de limpeza. Prodelik imigrou há sete anos e trabalhava como pintor de pontes. "A gente conhece a família. É gente de bem", conta Bueno. Viviane conhecia Prodelik porque os irmãos de ambos eram amigos, em Ortigueira.

Quem avisou a família no Paraná foi um parente de Prodelik, que também mora em Newark. Todos os procedimentos legais para a liberação do corpo estão sendo tomados por familiares que vivem nos Estados Unidos. O corpo será velado hoje e quarta-feira em território norte-americano e deve chegar na quinta-feira ao Brasil. Bueno já começou a reunir a documentação necessária para embarcar para os Estados Unidos, logo após o enterro, para buscar a neta. A menina estaria com uma moça que já era responsável por cuidar dela na ausência de Viviane.

Desde que foi para a América, Viviane não retornou mais para o Brasil para visitar a família. O último contato que fez com os parentes foi na quarta-feira, por meio de um sistema de conversa pela internet. Com a câmera de vídeo conectada, Antônio Bueno viu a filha viva pela derradeira vez.

Caso Carla

Na mesma cidade de Newark, outro caso de polícia envolveu uma paranaense há pouco mais de um ano. Desde 9 de fevereiro de 2006, a estudante Carla Vicentini, 23 anos, está desaparecida. Ela foi vista pela última vez saindo com um homem de um bar perto de onde morava junto com outra brasileira. Desde então, nunca mais foi vista. A família é de Goioerê, na Região Noroeste do Paraná, e jamais perdeu a esperança de que as autoridades norte-americanas pudessem descobrir o paradeiro da estudante. Mas até esta terça-feira nenhuma pista concreta foi achada.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]