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Bruno Strobel foi encontrado morto em um matagal na região metropolitana em outubro de 2007 | Divulgação
Bruno Strobel foi encontrado morto em um matagal na região metropolitana em outubro de 2007| Foto: Divulgação

Advogados de acusação temem que defesa seja beneficiada pela suspensão

  • Julgamento começou pela manhã e foi suspenso no meio da tarde

O julgamento dos dois seguranças acusados do assassinato do estudante Bruno Strobel Coelho foi suspenso por volta da 16h20 desta quarta-feira (7). A juíza Inês Marchalek Zarpelon, que preside o julgamento, tomou a decisão depois de descobrir que uma jurada é irmã de um advogado que defendeu o segurança Marlon Balen Janke.

Ao receber a informação, a magistrada paralisou a audiência que já durava cerca de cinco horas e dissolveu o júri. A jurada disse que não sabia que o irmão havia defendido o acusado na fase inicial do processo.

A informação inicial era que uma denúncia anônima havia sido feito ao cartório do município de Almirante Tamandaré, região metropolitana de Curitiba, onde acontecia a audiência. No entanto, o próprio advogado Edson da Cruz afirmou que ao saber que a irmã participava do julgamento ligou avisando.

Um novo corpo de jurados será convocado dentro de 15 dias. O julgamento deve ser remarcado para agosto, quando estará disponível novamente o Centro de Convenções Edson Dalke, na região central da cidade. O salão, de 150 lugar, foi escolhido para acomodar amigos, familiares e curiosos, que foram acompanhar o julgamento. Antes da audiência ser interrompida, o local estava praticamente lotado.

Testemunhas

Foram ouvidas três das nove testemunhas previstas. O primeiro a depor foi Fernando Bida considerado a principal testemunha da acusação. Ele é ex-funcionário da empresa de segurança privada Centronic e trabalhou no dia em que o estudante Bruno foi assassinado. Também foram ouvidos o pai de Bruno e o homem que localizou o corpo do estudante na Rodovia dos Minérios.

Os ex-funcionários da Centronic, Marlon Balen Janke, 33 anos, e Douglas Rodrigo Sampaio Rodrigues, 29, não foram ouvidos. A acusação exibiu um vídeo que mostraria Bruno pichando um muro. Acusação

Os seguranças foram denunciados pelo Ministério Público por formação de quadrilha, homicídio qualificado e ocultação de cadáver. Janke ainda responde por tortura mediante sequestro.

O responsável pela defesa de Rodrigues, Cláudio Dalledone Júnior, disse que vai mostrar que a Centronic tem ampla responsabilidade e influência no homicídio. Já o advogado Nilton Ribeiro, defensor de Janke, afirmou que o acusado confessaria o crime. Outras cinco pessoas foram denunciadas. Quatro delas recorreram da decisão que determinou a realização do júri popular. Já Eliandro Luiz Marconcini, que esteve foragido por nove meses, foi capturado em janeiro deste ano, no Balneário Ipanema, no litoral paranaense.

O crime

O estudante Bruno Strobel desapareceu no dia 2 de outubro de 2007 e foi encontrado morto uma semana depois. Ele levou dois tiros na cabeça. Strobel teria sido morto por funcionários da empresa de segurança Centronic depois de ter sido flagrado pichando o muro de uma clínica no bairro Alto da Glória, na capital.

De acordo com as investigações do caso, Bruno teria sido abordado pelo vigia Marlon Balen Janke. O jovem foi rendido e levado à sede da empresa de segurança, onde teria sido espancado por Janke e outros vigias. Durante a agressão, Bruno revelou ser filho de jornalista, o que teria motivado o assassinato. Com o auxílio dos também vigias Douglas Rodrigo Sampaio Rodrigues e Eliandro Luiz Marconcini, Bruno foi levado ao matagal onde foi assassinado.

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