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Usuários do transporte coletivo atendidos por seis empresas ficaram sem ônibus durante uma hora na manhã desta segunda-feira (22). Os trabalhadores das empresas Glória, Marechal, Redentor, Sorriso, CCD, São José e Tamandaré pararam as atividades por causa da falta de pagamento do adiantamento salarial (vale) do mês de dezembro. Por volta das 6h o serviço os ônibus voltaram a circular normalmente, segundo o sindicato da categoria.

O vice-presidente do Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana (Sindimoc), Dino Cesar, explica que os trabalhadores dessas empresas estão sem receber o adiantamento de 40% do salário que deveria ter sido pago pelos patrões no máximo no dia 20 de dezembro.

"Algumas empresas efetuaram o pagamento de somente 20% do adiantamento e outras não pagaram. Os trabalhadores se reuniram por uma hora. Foi exercido o direito deles de se reunir em assembleia e decidimos entrar com uma ação na Justiça do Trabalho para cobrar das empresas o adiantamento", diz Cesar. O sindicato deve entrar com a ação ainda nesta segunda-feira.

Segundo o vice-presidente do Sindimoc, logo após a realização da assembleia os ônibus voltaram a circular e, por volta das 8 horas, todas as linhas atendidas pelas seis empresas funcionavam normalmente. Os veículos que ficaram parados atendem Curitiba e parte da Região Metropolitana.

Em nota, o Sindicato das Empresas de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana (Setransp) informou que problemas financeiros causados pela dívida que a Urbanização de Curitiba (Urbs) e a Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba (Comec) têm com as empresas. A dívida chega a R$ 15 milhões, segundo a nota.

"As empresas, diante dessa delicada situação, fizeram todo o esforço possível, recorrendo novamente a instituições financeiras, para honrar os compromissos com seus colaboradores", diz a nota.

O texto ainda afirma que, pelo acordo coletivo trabalhista, a previsão é que as empresas paguem "até 40% do salário de adiantamento" e não exatamente essa porcentagem. "Algumas (empresas) conseguiram pagar os 40%; outras, porém, sem recursos, pagaram dentro das condições previstas no acordo coletivo", diz a nota.

Urbs diz que governo do estado atrasa subsídio

Em nota, a Prefeitura de Curitiba informou que o governo do estado não repassou as parcelas do subsídio do transporte metropolitano referentes aos meses de outubro e novembro, o que totaliza R$ 10,7 milhões. A previsão da prefeitura é que até o dia 31 de dezembro deste ano sejam pagos R$ 19,9 milhões, valor que inclui as parcelas atrasadas.

Segundo a prefeitura, a Urbs manteve os repasses às empresas de ônibus mesmo com a falta de pagamento, o que causou um furo de R$ 13,9 mi ao Fundo de Urbanização de Curitiba (FUC), administrado pela Urbs. Desse total, R$ 10,7 mi são de responsabilidade do governo do estado.

"Nas duas últimas semanas, a Urbs encaminhou à Comec, via ofícios, solicitação para priorização do transporte coletivo lembrando tratar-se de um serviço essencial à sociedade", diz a nota. A prefeitura ainda disse que fez repasse de R$ 10,5 mi para as empresas em dezembro como pagamento antecipado.

A Comec informou que ainda procura uma forma de regularizar a pendência com as empresas de ônibus e não há previsão para o pagamento da dívida.

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