Uma passeata dos médicos-residentes que aderiram à paralisação nacional da categoria passa por algumas ruas movimentadas do centro de Curitiba na manhã desta sexta-feira (27). De acordo com Viviane Bressan, presidente da Associação dos Médicos-Residentes do Hospital de Clínicas (HC), cerca de 200 residentes participam da manifestação. Eles saíram da frente do HC e seguem até a Santa Casa de Misericórdia. Agentes da Diretoria de Trânsito (Diretran), da Urbanização de Curitiba S/A (Urbs), orientam o trânsito.
De acordo com agentes da Diretran, o trajeto dos residentes começou na Rua XV de Novembro, onde os médicos se encontravam por volta das 10h15. Na sequência, eles passariam pelas ruas João Negrão e Marechal Deodoro, até à Santa Casa, pela Rua Desembargador Westphalen.
Os residentes passavam com placas, apitos, megafones e baterias.
MP questiona movimento
O Ministério Público do Paraná (MP-PR) instaurou um inquérito civil público na quinta-feira (26), para investigar os efeitos ocasionados pela greve dos médicos-residentes no estado. Para isso, foram solicitadas informações aos hospitais afetados pela paralisação, ao Conselho Regional de Medicina e à Associação dos Médicos Residentes do Paraná (Amerepar).
O MP-PR também informou que representantes dos hospitais Nossa Senhora da Luz e Evangélico, além de integrantes da Amerepar serão convocados para prestar esclarecimentos. O objetivo principal do inquérito é evitar que o atendimento à população nos hospitais seja prejudicado.
Curitiba
No HC, 170 dos 276 residentes cruzaram os braços. No local, segundo a assessoria de imprensa, houve apenas reagendamento de consultas e de cirurgias não-emergenciais. No Hospital Evangélico, em três dias, cerca de 900 consultas foram canceladas, mas os pacientes foram avisados antecipadamente e não houve tumulto no atendimento. Na Santa Casa, algumas consultas do setor de oftalmologia foram canceladas na quinta.
Cerca de 20 dos 45 médicos-residentes do Hospital Pequeno Príncipe, que iriam aderir ao movimento na quarta-feira, resolveram não participar da greve. Os residentes do Hospital Cajuru também não paralisaram as atividades. Atendimentos de emergência e urgência de todos os hospitais seguem sem alterações.
Reivindicações
O início da mobilização da categoria em todo o país começou no último dia 17. Os médicos-residentes reivindicam reajuste da bolsa-auxílio, que passaria de R$ 1.916 para cerca de R$ 2,7 mil, auxílio-moradia e alimentar, reajuste anual, ampliação da licença-maternidade, supervisão constante dos professores e respeito às 60 horas de trabalho semanais.



