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Cultura

Pecha Kucha traz histórias e humor

Apresentação de cada tema durou 400 segundos (6 minutos e 40 segundos). Ao todo, foram 14 participantes

Marcos Juliano, conhecido também como “Indiana Jones”, falou sobre túneis em Curitiba | Hugo Harada/Gazeta do Povo
Marcos Juliano, conhecido também como “Indiana Jones”, falou sobre túneis em Curitiba (Foto: Hugo Harada/Gazeta do Povo)

De possíveis tesouros enterrados em solo curitibano, passando por experiências de aventureiros da música e do pedal, até falas sobre rituais xamânicos. Os temas do Pecha Kucha Night foram diversificados, mas sempre com uma pitada de bom humor. O evento, que nasceu na cidade de Tóquio, no Japão, aconteceu pela segunda vez em Curitiba, na última sexta-feira, no Teatro Paiol. Como regra, cada participante teve de apresentar seu tema em 400 segundos (6 minutos e 40 segundos). Ao todo, nesta edição, participaram 14 pessoas.

A plateia foi recebida por canções como "New York, New York" e "Dust in The Wind", interpretadas por um duo de piano e voz, dando um tom intimista para o evento. Primeiro a se apresentar, o caçador de tesouros Marcos Juliano, conhecido também como "Indiana Jones", falou sobre a existência de túneis cortando o solo de Curitiba e sobre o possível tesouro deixado pelo pirata Zulmiro nas galerias subterrâneas, embaixo das antigas Ruínas do São Francisco.

O músico Luiz Inverno contou as aventuras que a sua banda, a "Nunca Inverno", e o grupo americano "Revival" passaram em uma turnê totalmente independente. "Foram dez dias em uma van. A única regra era não ter contrato nenhum. Nós devíamos estar no controle." A expectativa das duas bandas punks era que tudo desse errado, mas, de acordo com Inverno, tudo acabou saindo "supercerto".

Terceira a ser apresentar, Didonet Thomaz compartilhou suas experiências como fotógrafa de objetos e imóveis preteridos, abandonados pelos proprietários. As caixinhas foram usadas como tema por José Oliva como uma metáfora da vida, na qual há inúmeras possibilidades para ser feliz. "Você já parou para pensar nas atitudes que toma todos os dias? Há 18 maneiras de se abrir uma caixinha."

Giuse de Lucca mostrou slides com as intervenções que o coletivo Mucha Tinta realiza em monumentos urbanos da cidade. As obras são produzidas com um misto de tipografia, ilustração e design gráfico.

Guilherme Santana, ciclista que já viajou de Curitiba a Porto Alegre em uma bike de roda fixa e sem freio, contou que começou a tomar gosto por pedalar, quando conheceu um francês que iria até Cuba em cima de uma "magrela". "Eu disse que o acompanharia até o Parque Barigui."

O publicitário Tiago Stachom marcou sua apresentação com um discurso a respeito do problema do uso da água no planeta. O também publicitário Eloi Zanetti usou seus 400 segundos mostrando que para ser criativo é necessário pensar que se é uma pessoa criativa. "Pensar dói e dá trabalho", disse.

Jackie Moranguinho, dançarina de funk, ressaltou o preconceito que sofre por ter escolhido esta profissão. "Algumas pessoas dizem que nos vestimos vulgarmente e usamos o corpo para ganhar dinheiro. As modelos também usam o corpo para trabalhar, fazem ensaios de nu e não sofrem descriminação." O décimo a se apresentar, Henrique Ressel, ressaltou o retorno da origem humana e da "busca do verdadeiro eu" através de rituais xamânicos.

O professor de História da Arte Marcos Araújo usou quadros de Sandro Botticelli, Fernando Botero, entre outros, para contar, de uma forma divertida, a história de sua vida. Histórias da vida, mas a de outras pessoas, foi o tema da apresentação de José Carlos Fernandes, colunista da Gazeta do Povo. "Meu interesse pelas histórias de pessoas que não são conhecidas veio da influência da minha mãe, que é rezadeira, do meu pai, jornaleiro, e outras pessoas que fazem parte da minha vida."

O quadrinista Ibraim Roberson contou um pouco da sua trajetória desenhando personagens para a Marvel, DC e Handhouse. A última performance foi marcada pelos malabarismo de Yamba Dahir. Ele utiliza um aparato tecnológico para aliar música ao malabar. Ao tocar nas mãos de Dahir, as bolinhas disparam um mecanismo que reproduz um som.

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