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desvio de dinheiro

Pedida intervenção em sindicato investigado

Mesmo preso, Denilson Pires, presidente do Sindimoc, continua no cargo de vereador

Sede do Sindimoc, onde será discutido o pedido de intervenção com a categoria hoje | Hugo Harada/ Gazeta do Povo
Sede do Sindimoc, onde será discutido o pedido de intervenção com a categoria hoje (Foto: Hugo Harada/ Gazeta do Povo)

O grupo de oposição à atual diretoria do Sindicato dos Motoristas e Cobradores das Empresas de Transporte de Passageiros de Curitiba (Sindimoc) protocolou, ontem pela manhã, pedido de intervenção da entidade ao Ministério do Trabalho, por causa da prisão, na terça-feira, do vereador e presidente do Sindimoc, Denilson Pires, e mais dois membros da diretoria.O pedido deverá ser discutido hoje, às 16 horas, com a categoria, em frente à sede do Sindimoc, segundo o candidato da oposição Anderson Teixeira. Se o pedido for acatado, a Justiça do Trabalho deverá determinar um interventor para a administração do sindicato até a posse da nova diretoria. As eleições estão marcadas para o dia 30 deste mês. "Queremos ga­­rantir a definição o mais breve possível para garantir a reeleição e a posse." Teixeira é filho do ex-secretário do Sindimoc, Alcir Teixeira, morto em janeiro do ano passado, em uma tentativa de assalto.

A prisão dos membros do Sindimoc foi realizada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) por suspeita de desvio de dinheiro do sindicato e formação de quadrilha. Com Pires, também estão presos no Centro de Triagem II, em Piraquara, o tesoureiro do Sindimoc, Valdecir Boleti e o assessor do diretor social Márcio Ramos, que estava foragido, mas apresentou-se ontem pela manhã no Gaeco. O advogado e ex-vereador Valdenir Dielle Dias está na sede da Polícia Militar.

Situação política

Mesmo preso, o vereador Denílson Pires (DEM) permanecerá no cargo de vereador de Curitiba. Segundo a assessoria de imprensa de Pires, o vereador não tem a intenção de se licenciar do cargo e todas as suas faltas nas sessões plenárias estão sendo justificadas. Caso Pires se licencie do cargo por mais de 120 dias, quem assume a vaga é o primeiro suplente do DEM, Genivaldo José dos Santos.

Pelas regras do Legislativo, o ve­­reador perderia o cargo automaticamente se condenando e não ha­­vendo mais possibilidade de re­­curso. Outra situação que resultaria na perda do cargo seria no caso do parlamentar faltar a mais de 1/3 das sessões plenárias e não justificar as ausências. Pires também po­­deria sofrer um processo por quebra de decoro parlamentar, o que poderia resultar na sua cassação.

A prisão também não muda a situação de Pires dentro do DEM. O presidente em exercício do partido, deputado Durval Amaral, afirmou que a legenda buscará detalhes do inquérito e analisará os dados antes de tomar qualquer providência. Por enquanto, não é prevista nem mesmo a possibilidade de Pires perder a liderança da bancada do DEM na Câmara Municipal. A primeira vice-líder do partido, vereadora Julieta Reis, informou que está na liderança até que Pires seja liberado e possa voltar ao trabalho.

Outro político envolvido nas suspeitas de desvio de recursos do Sindimoc, o ex-vereador Valdenir Dias foi cassado em 2008 por abuso do poder econômico durante a campanha eleitoral de 2004. Desde o ano passado, Valdenir ocupa a presidência do PMN.

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