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Quando marcou seu milésimo gol, Pelé o dedicou às crianças do Brasil. Em Curitiba, o Rei repetiu a dose. Com toques de craque, Edson Arantes do Nascimento auxiliou no segundo gol do Instituto Pelé Pequeno Príncipe. Ele já havia balançado as redes em setembro de 2005, com a criação da instituição. Na tarde de ontem, sob os olhares atentos da torcida, ele inaugurou a sede do instituto. Centro de referência no tratamento infantil na América Latina, o Hospital Pequeno Príncipe e a Associação Hospitalar Dr. Raul Carneiro se unem a Pelé no desenvolvimento de novas pesquisas científicas voltadas à saúde da criança e do adolescente.

A nova sede, com cerca de 500 metros quadrados e equipamentos de última geração, vai permitir pesquisas no âmbito da terapia celular e transplantes, biologia molecular e celular. Doenças que ainda não têm tratamento também serão estudadas por uma equipe de cientistas vindos de diversos estados e países. "A sabedoria desses pesquisadores também será utilizada no ensino, por meio do Instituto de Ensino Superior do Paraná (Iesp)", afirma o diretor científico do instituto, Bonald Figueiredo.

O principal objetivo da investida, com valores iniciais orçados em US$ 700 mil, é contribuir para a redução da mortalidade infanto-juvenil. "Nosso foco é o diagnóstico precoce e a cura de doenças complexas, principalmente no Paraná", informa o presidente do instituto, José Álvaro Carneiro. A imagem de Pelé irá colaborar para a divulgação do instituto e para a arrecadação de fundos. Uma série de medalhas e placas sobre o Rei serão produzidas e vendidas no mundo todo. "Emprestar meu nome para a divulgação de um trabalho tão valioso como este é para mim uma grande satisfação. Vamos ajudar a salvar vidas que serão o futuro do Brasil", diz Pelé.

O Clube Atlético Paranaense também entra na parceria como colaborador, destinando parte das vendas dos camarotes da Kyocera Arena à entidade. O primeiro comprador de camarote irá receber uma placa autografada por Pelé. Depois de uma entrevista coletiva à imprensa, o Rei esteve na Escola Municipal de Educação Especial Tomaz Edison Vieira, no bairro Pinheirinho, onde assinou convênio com a prefeitura de Curitiba sobre a aplicação de pesquisas sobre o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), um problema neuropsiquiátrico que atinge 3 milhões de crianças no Brasil. Dificuldades na aprendizagem, comportamento anti-social e delinqüência juvenil são as principais conseqüências dessa doença. Cerca de 600 crianças da rede municipal de ensino serão beneficiadas com o desenvolvimento do primeiro teste laboratorial do mundo para diagnóstico psiquiátrico do TDAH.

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