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Mapa da fé

Pentecostais crescem 4,6% em nove anos

Curitiba foi a capital do Sul do Brasil que apresentou o maior crescimento das religiões evangélicas pentecostais entre 1991 e 2000, de acordo com a pesquisa Religião e Sociedade em Capitais Brasileiras. Porto Alegre teve o menor crescimento das religiões pentecostais entre as cidades pesquisadas: 2,4%. Em Florianópolis, o crescimento foi de 2,5% e em Curitiba, 4,6%. Um aumento considerado moderado pelos autores do estudo. A cidade que apresentou o maior avanço dos pentecostais foi Manaus, com 9,6%.

Para o mestre em Educação e professor de Teologia da PUC-PR, Luiz Alberto Souza Alves, o crescimento dos evangélicos é um fenômeno já conhecido em todo Brasil. "São religiões que cresceram entre as camadas mais humildes. Essas igrejas simplificaram o rito, ‘aqueceram’ a pregação e tornaram a religião algo mais próximo da realidade da população. Você tem lá na segunda-feira a celebração para a saúde; na terça para o sucesso profissional; na quarta, a bênção da família e assim por diante. De certo modo, isso é bom porque o catolicismo havia perdido um pouco dessa proximidade com os fiéis. Acredito que sem as neopentecostais o tecido social estaria muito mais corroído em certas localidades."

O estudo da PUC-RJ mostra exatamente que é entre as famílias de rendimento mais baixo que se concentram os fiéis dos evangélicos pentecostais.

Na faixa de renda de quem ganha entre zero a um salário mínimo, eles são 51,4% dos habitantes da Grande Curitiba. Na divisão da população por classe de nível educacional, os evangélicos se concentram no grupo classificado pelo IBGE como de formação escolar baixa.

"Isso é natural e não vemos como demérito. É quando as dificuldades da vida surgem que as pessoas sentem o anseio por Deus. Os mais ricos estão muito ocupados com suas carreiras e seu trabalho para ter uma fé", diz o pastor da Assembléia de Deus, José Sabadin.

Religião e Sociedade em Capitais Brasileiras também mostra o trabalho específico de algumas igrejas nos bairros curitibanos. É o caso da Congregação Cristã que, na maioria da cidade não chega a 3% da população, e na CIC e São Miguel supera os 11% do total de habitantes.

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