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Para o diretor do Instituto de Criminalística (IC) de Santo André, Nelson Gonçalves, seria ideal que Nayara, a amiga de Eloá Pimentel, morta após ser mantida refém pelo ex-namorado Lindemberg Alves, participasse da reconstituição do mais longo cárcere privado da história de São Paulo. Caso ela não queira, por algum motivo particular ou emocional, poderá orientar passo a passo uma perita que ficará em seu lugar. A data da reconstituição ainda não foi definida.

"Ela (Nayara) poderá ir passando as instruções para que a policial realize os movimentos conforme os do dia da invasão do Gate (Grupo de Ações Táticas Estratégicas)." Na quinta-feira (23), a família levou a jovem para Peruíbe, no litoral sul de São Paulo, enquanto ainda se recupera dos ferimentos causados por Lindemberg Alves.

Na terça-feira, os peritos do IC devem começar a ser convocados para participar da reconstituição da tragédia. Um dia antes, uma reunião será realizada para determinar quais equipamentos vão ser utilizados. Para impedir que a reconstituição seja prejudicada por pessoas querendo ver o trabalho dos peritos, as autoridades de segurança pública restringirão o acesso ao bloco onde morava Eloá, seus pais e irmãos. Os moradores do 3º andar serão impedidos de ficar no local, para evitar tumulto.

Ainda não está definido se os demais moradores do conjunto habitacional receberão algum tipo de crachá ou se a identificação será feita por meio de documentos pessoais. De acordo com a lei, o seqüestrador, Lindemberg Alves, não é obrigado a participar da simulação. Ele poderá acompanhar se quiser, mas não participar.

Nayara esteve ontem à tarde no Instituto Médico-Legal (IML) de Santo André, no ABC paulista, acompanhada da mãe, Andreia Rodrigues Araújo. A garota passou por exames de corpo de delito. Antes, passou a manhã em um apartamento de uma tia no bairro Baeta Neves, em São Bernardo do Campo.

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