
Confira um trecho do documentário sobre a história de devoção a Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. O vídeo está à venda por R$ 10 no próprio santuário.
O cinquentenário da celebração será comemorado com uma série de missas e novenas até domingo, dia da festa de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, quando também ocorrerá uma procissão com a réplica do ícone vinda da Igreja de Santo Afonso, em Roma, berço da devoção, além de um show com o padre Zezinho, no Estádio Couto Pereira. São esperadas cerca de 100 mil pessoas ao longo da comemoração, de simples devotos a pessoas que virão de outras cidades e estados para prestar um agradecimento a uma graça alcançada.
"A novena é uma das mais celebradas em várias igrejas do Paraná e de outros estados, então fizemos questão de chamar uma boa parte desses devotos. Cerca de 21 paróquias virão em caravana, além de outras pessoas aqui mesmo de Curitiba, que receberam em suas mais de 120 paróquias a visita dos missionários", diz o reitor do santuário, o padre Celso Vieira da Cruz. Essa atuação itinerante é uma das características da congregação dos Redentoristas, responsável pelo santuário em Curitiba. Ainda em 1975, segundo o padre Celso, uma grande missão foi realizada no interior do estado, e boa parte das novenas que existem hoje em cidades como Londrina e Apucarana é fruto dessa missão.
Graças recebidas
Ao longo de seus 50 anos, as novenas de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro uniram gerações e definiram momentos importantes na vida de devotos como o vendedor autônomo Celso Ricardo Kostiuk Barbosa (foto ao lado), 35 anos, que se diz curado de uma bronquite asmática. Com crises agudas desde bebê, Barbosa só se viu livre da doença após os 19 anos. "Quando criança, as crises eram muito constantes. Fiz vários tratamentos, vivia no hospital e os médicos diziam que não havia cura, que minha situação era grave. Isso só começou a mudar quando eu já tinha 12 anos e minha mãe, que sempre foi muito religiosa, começou a me levar às novenas", conta. Quanto mais ele se envolvia com a devoção, melhor ia ficando. "Aos 19 anos, bastante engajado no grupo de jovens e na igreja como um todo, tive minha última crise", recorda.
O contato com o santuário voltou com força quando a esposa Elenita, então com 30 anos, engravidou do terceiro filho do casal. Sete anos antes, ela havia perdido um bebê e tido várias complicações. Os médicos disseram que ela não poderia engravidar novamente; uma nova gestação seria muito perigosa para ela e para a criança. "Decidimos que não teríamos mais filhos, mas, em uma troca de anticoncepcionais, aconteceu. Fiquei desesperado e me apeguei às novenas. A medida que o tempo foi passando, tudo foi correndo bem e, nove meses depois, nasceu a Raissa, que vai fazer 4 anos em agosto", afirma.



