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Transtorno acomete 10% dos que vivem a violência

Uma em cada dez pessoas que no último ano sofreu episódios de violência que pôs em risco suas vidas apresenta os sinais de transtorno de estresse pós-traumático na cidade de São Paulo. O número vem do primeiro levantamento sobre a ocorrência do problema realizado no país.

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São Paulo - A eliminação seletiva de memórias deixou de ser apenas ficção científica – ao menos no caso dos camundongos. Um grupo de pesquisadores da Universidade da China Oriental, em Xangai, e da Faculdade de Medicina da Geórgia, nos Estados Unidos, conseguiu apagar recordações específicas do cérebro dos roedores sem danificar as estruturas neuronais ou prejudicar outras lembranças. O estudo será publicado hoje na revista científica Neuron. Os pesquisadores eliminaram memórias relacionadas a situações dolorosas e ao conhecimento de objetos previamente apresentados às cobaias.

Os cientistas já sabiam que a enzima aCaMKII, presente no cérebro dos roedores, desempenhava um papel importante nos processos de memorização e aprendizagem. Para conhecer melhor o funcionamento da substância, criaram uma linhagem de camundongos transgênicos que produziam, na parte anterior do cérebro, uma quantidade excepcionalmente alta da enzima.

Os pesquisadores também sintetizaram uma substância inibidora – a NM-PP1 – que, quando injetada nas cobaias, restabelecia os níveis normais da aCaMKII durante um intervalo de tempo limitado – normalmente 30 minutos.

Os camundongos geneticamente modificados foram submetidos, então, a diferentes testes de memória. Ficou claro que as recordações evocadas pelos roedores enquanto o nível da enzima estava alto eram apagadas de forma seletiva, irremediável e quase instantânea. Somente quando a cobaia estava sob o efeito da substância inibidora é que as memórias permaneciam intactas.

Joe Tsien, co-autor da pesquisa, afirmou que o conhecimento obtido poderá ser útil no futuro para tratar pessoas com estresse pós-traumático ou com medos associados a lembranças desagradáveis. Mas ele considera que qualquer terapia vai demorar muito para chegar. "Provavelmente, não estarei vivo quando ela surgir", considerou. Ele também recorda que a estrutura do cérebro humano é muito mais complexa.

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