Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo
Operação Furacão

PF analisa 2 toneladas de material

Depoimentos devem ser retomados hoje; presos alegam desconhecer acusações

Brasília (DF) – A Polícia Federal retoma hoje os depoimentos dos suspeitos de participar do esquema de exploração de jogos ilegais. Dos 25 presos pela Operação Hurricane (furacão, em inglês) no Rio de Janeiro e na Bahia, 8 ainda não foram ouvidos. Os depoimentos ficaram suspensos no fim de semana para que os investigadores se concentrassem na análise dos documentos apreendidos no Rio, e devem ser concluídos até amanhã.

As três equipes equipes da PF (dez pessoas no total) que tomavam os depoimentos foram deslocadas para Brasília, onde estão as duas toneladas de material apreendido. A quantidade de documentos, computadores e jóias surpreendeu os investigadores, segundo a Superintendência da PF.

Além desse material, foram retidos R$ 10 milhões em dinheiro, R$ 5 milhões em cheques, US$ 300 mil, 34 mil euros e 400 libras. A lista inclui ainda 51 carros, localizados no Rio e avaliados em R$ 10 milhões. O mais caro, uma Mercedes-Benz CLK 500, está avaliado em R$ 550 mil. O dinheiro teria sido depositado na Caixa Econômica Federal.

Entre os presos durante a operação da PF estão o ex-vice-presidente do TRF (Tribunal Regional Federal) da 2ª Região, desembargador federal José Eduardo Carreira Alvim; o desembargador federal José Ricardo de Siqueira Regueira, também do TRF da 2.ª Região; o juiz Ernesto da Luz Pinto Dória, do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 15.ª Região, e o procurador regional da República do Rio João Sérgio Leal Pereira.

Silêncio

Entre as pessoas ouvidas, a maioria se recusa a falar. "Não sabem do que estão sendo acusados", disse o advogado Raul Ornellas, que defende os delegados da PF Susie Pinheiro Dias de Mattos e Luiz Paulo Dias de Mattos (aposentado) presos na operação. Os advogados reclamam que não estão tendo privacidade com seus clientes e que estariam sendo filmados. Essa informação é negada pela PF.

O inquérito foi presidido pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Cézar Peluso, devido ao envolvimento de autoridades que têm foro privilegiado. Há ainda um grupo de suspeitos ligados à cúpula do Carnaval do Rio. Os mandados de prisão foram emitidos a pedido do procurador-geral da República, Antônio Fernando de Souza.

Principais Manchetes

Receba nossas notícias NO CELULAR

WhatsappTelegram

WHATSAPP: As regras de privacidade dos grupos são definidas pelo WhatsApp. Ao entrar, seu número pode ser visto por outros integrantes do grupo.