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A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira (16) a Operação Tormenta, com o objetivo de prender um grupo envolvido em fraudes em concursos públicos em todo o país.

Foram expedidos 34 mandados de busca e apreensão, sendo 21 na Grande São Paulo, 1 no Rio de Janeiro, 3 na região de Campinas (SP) e 9 na Baixada Santista.

De acordo com a assessoria de imprensa da PF, foram expedidos ainda 12 mandados de prisão temporária.

De acordo com a PF, o grupo atuava por meio de aliciamento de pessoas que tinham acesso ao caderno de questões, para acesso antecipado às provas; repasse de respostas por ponto eletrônico durante a realização do concurso e a indicação de uma terceira pessoa mais preparada para fazer o concurso no lugar do candidato-cliente. A quadrilha fazia ainda falsificação de documentos e diplomas exigidos nos concursos quando o candidato não possuía a formação exigida.

A PF iniciou as investigações após obter informações durante a investigação social, uma das fases do concurso para agente de Polícia Federal, realizado em 2009. A partir disso, descobriu que a quadrilha atuava em todo o país, mediante o acesso aos cadernos de questões, antes da data de aplicação das provas.

Além do concurso da PF, o grupo teve acesso privilegiado às provas de 2010 da 2ª fase do Exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e do concurso da Receita Federal para auditor fiscal realizado em 1994.

Foram identificados 53 candidatos que tiveram acesso à prova de agente federal, pelo menos 26 candidatos que tiveram acesso à prova da OAB e há indícios de que 41 candidatos tenham tido acesso à prova da Receita Federal.

De acordo com a Polícia Federal, mesmo após o vazamento da prova da OAB, o grupo se articulou para fraudar, sem sucesso, concursos da Caixa Econômica Federal, da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), do INSS para o cargo de perito médico, da Advocacia Geral da União para o cargo de advogado da União, da Santa Casa de Santos para vagas em residência médica, de defensor público da União e da Faculdade de Medicina de Ouro Preto.

A PF vai investigar ainda indícios de fraudes em outros concursos públicos.

De acordo com a PF, os suspeitos devem ser recolhidos nas respectivas superintendências da PF onde foram executados os mandados.

A Polícia Federal informou que, após ter desenvolvido metodologia própria de investigação, será possível acompanhar de forma mais eficiente a realização dos concursos e impedir fraudes.

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